Os governantes pareciam ter tudo o que era necessário para vencer. Uma maioria parlamentar obtida com mérito, esforço, a sorte dos deuses e a fraqueza dos adversários. Um Presidente da República desejoso de colaborar. Capacidade para escolher os melhores ministros e outros dirigentes. Uma liberdade de movimentos rara na vida política. Uma coesão partidária pouco frequente, quanto mais não fosse por necessidade. O afastamento definitivo de Sócrates e a reabilitação ou o branqueamento de todos os seus mais íntimos colaboradores. Uma oposição de direita insuficiente, trapalhona e dividida. Uma oposição de esquerda agonizante, sem escrúpulos, ácida e em vias de extinção. Uma sociedade civil fraca, expectante, pronta a colaborar e à espera de receber benefícios. Uma população cansada de dois anos de pandemia e, por isso mesmo, disposta a recomeçar a viver. Prestígio nos círculos europeus e internacionais. Fundos europeus em montantes nunca vistos antes e como nunca mais se voltará a ver. Sinais evidentes de retoma do turismo, sector absolutamente indispensável para a economia nacional. (continuar a ler)
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