segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A Frase (183)

O Portugal de outros tempos, do fado e de Fátima, construiu uma narrativa de fatalismo, do destino que se abatia sobre nós. O Portugal de hoje não precisa desse fatalismo, mas parece quem se conformando com o quotidiano, com a sobrevivência política da superação do dia presente, se entregue numa espécie de gestão que não cuida dos nascimentos, não cuida do envelhecimento e dos seus impactos, votando, o entretanto, da vida a mínimos. Não tem de ser assim.                       (João Galamba, Ji)

É certo que o primeiro-ministro já elaborou sobre assunção das responsabilidades políticas plasmando doutrina de que assumir é resolver os problemas ou situações. Se assim é, que se resolvam as causas de tanta escusa de responsabilidade sob pena de um dia destes os cidadãos contribuintes também invocarem o instrumento para não suportarem a carga fiscal a que estão sujeitos. Nesta coisa de viver em sociedade, os exemplos negativos vindos de cima são quase sempre demasiado perigosos. “Não sei” e “Não me lembro” são cada vez mais instituições nacionais e mal.

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