Além do Orçamento, todo o debate revela a atmosfera tóxica em que vive a política à portuguesa. A hostilidade e o ódio alastram pelos corredores da Assembleia da República como uma expressão natural da maioria absoluta do PS. Não ser do PS é um quase crime, um delito político, uma “traição” ao líder supremo na sua impossível demagogia. Costa é a personificação de uma ideia de fascismo travestida de socialismo democrático. E entenda-se fascismo como um fenómeno político moderno, anti-liberal, anti-marxista, com uma perspectiva global do Estado, do partido e da política, uma quase religião laica, organicamente organizado em torno do culto de uma personalidade e de uma ideia de progresso. Pelo debate sobre o Orçamento voam os drones políticos de uma pulsão dominadora, totalitária, exclusiva.
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