Em tempos de Orçamento sou quase sempre invadido por um sentimento de desconfiança. É como se o País estivesse sob a mira de um Leilão em que as ofertas chovem em cifras astronómicas e absurdas. Vendidas as pratas já muitas vezes vendidas, o País fica mais pobre, o Governo ergue o estandarte da vitória e o futuro tem a duração exacta de seis meses. O Orçamento é um meteoro que se desfaz na atmosfera da realidade. O Orçamento tem em Portugal o exorbitante condão de se confundir com a “interpretação do maravilhoso inundando a vida quotidiana”.
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