Esta mudança de Secretário-Geral no PCP é sobre o Partido do Futuro ou o futuro do Partido? Visto à distância imaginada de uma sociedade secreta, o Partido toma a decisão sobre o novo Secretário-Geral numa clandestinidade orgânica que é um modo de entender a política, o País e o Mundo. O nome do novo líder parece um pseudónimo da clandestinidade, uma personagem do “Até amanhã, camaradas”, um exilado que esteve em formação na pátria do socialismo e regressa agora para unir o Partido. Mas unir o Partido em que direcção? Talvez na direcção de uma “democracia avançada no limiar do século XXI”. Este vício de entender o Mundo com slogans é a negação da política e a afirmação da política como a representação monolítica de um tempo parado e passado.
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