As estatísticas não enganam. Todas confirmam a evidência de que os portugueses estão no top dos povos europeus que mais impostos pagam (diretos e indiretos), sendo daqueles que menos podem contar com o Estado. Todos sabemos isso e, portanto, não vale a pena a classe política desdobrar-se a dizer que vai dar mais isto e mais aquilo em apoios. Simplesmente porque essas promessas quase nunca se cumprem e ainda porque em geral envolvem uma tamanha confusão burocrática que não saem sequer dos cofres das finanças públicas.
Nos serviços diretos do Estado aparece como o mais deficiente o da saúde. O novo ministro, Manuel Pizarro, já não diz coisa com coisa e ainda mal chegou. Tudo está a rebentar pelas costuras: as listas de espera são gigantescas para operações, enquanto nas urgências chega-se a esperar 15 horas para casos de urgência relativa, ultrapassando-se as 3 horas para situações muito graves, o que pode ser fatal. Pizarro deu uma entrevista dizendo que encontrou a saúde pior do que pensava.
Como muitas outras coisas entre nós, o SNS está a afundar e a orquestra socialista toca alegremente. Em face disso, e mesmo sabendo que a futurologia não faz parte da análise política, é irresistível perguntar nesta altura quanto tempo levará o tal CEO do SNS, Fernando Araújo, até fugir a sete pés do lugar. - um dos campos onde a máquina do Estado come tudo e devolve pouco, exaurindo quem a alimenta. Um dia a casa vem abaixo…
(Excertos do texto de Eduardo Oliveira e Silva, Ji)
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