quarta-feira, 16 de agosto de 2023

A Frase (171)

Com o país ocupado em romarias a norte e a banhos a sul, retoma-se a normalidade de uma indiferença que tem tanto de mediterrânico como de atlântico. A política adormecida pelo calor espreita pelo intervalo da realidade como uma alucinação no deserto. Entre o “país, a nação, a pátria”, a identidade portuguesa insiste em apresentar-se como “um pano branco bordado de altar guardado por uma velha zeladora num gavetão de sacristia”. O absurdo de um relógio público parado.      (Carlos Marques de Almeida, ECO)

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