Não sei por que bicho foram infetadas as principais estações televisivas e os seus intervenientes, mas de uma coisa estou certo: Portugal está intoxicado pelo frasco do sensacional político mediático. (Martim Dinis,
OBSR)
Se condenarmos a previsão do futuro à supérflua futurologia, não poluiremos, desnecessariamente, a própria ação política e consequente debate público em torno das temáticas abordadas? (...)
Somos tomados pela incessante repetição de cenários, análises, críticas e opiniões (a maioria sobre a mesma capa de insipiência intelectual), levando-nos à mais profunda barafunda que confunde e desconcerta todos aqueles que ainda não foram picados pelo vício do último momento. Deixamos de informar e passamos a explorar o telespectador. (...)
Sejamos perspicazes na formulação de toda a nossa convicção, mas sejamos, de igual forma, temperados pela nossa honestidade e serenidade. A opinião e a intervenção devem surgir da independente e orgânica vontade do ser pensante, e não de uma máquina interna e tendenciosa de soundbytes estrambóticos, cujo único objetivo é o da superiorização do próprio ego, ideologia ou partido. (..)
Caso contrário, a informação passa a não estar livre do seu potencial perverso e incendiário, onde tudo depende, apenas, da forma como é utilizada, contra quem é utilizada, e mais importante…
…por quem é utilizada.
Nota: Nem mais! Corresponde exatamente à opinião que muitos de nós temos.
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