segunda-feira, 22 de abril de 2024

A Frase (93)

A reforma em curso da propriedade rústica deve ter como objectivo dar dimensão adequada às explorações agrícolas e não criar “quintas fotovoltaicas”, sempre apetecíveis para o capital que Portugal não tem para investir. Por este andar, ainda vamos concluir que, em Portugal, “O sol quando nasce (não) é para todos”(Luís Parreirão, JEconómico)

Talvez devêssemos todos parar para pensar que, contrariamente à energia, ainda não há forma de termos batatas, nabos, couves, maçãs, peras, ou madeira, que não seja semear e/ou plantar nas terras férteis. (...)

Solos agrícolas férteis e com dimensão adequados para explorações rentáveis são inutilizados, para sempre(?), em nome desta fonte energética da moda.

Onde a biodiversidade nos ajudava a todos, a toda a humanidade, a sobreviver mais uns séculos passaremos a ter, a prazo, lixo tecnológico abandonado.

Compreendendo as vantagens da “diversificação das fontes de energia” pergunto-me: Não será possível instalar os painéis fotovoltaicos em áreas já artificializadas, nomeadamente nos telhados dos edifícios?
Não terá o país, nos mais de 20.000 km2 de terrenos incultos ou improdutivos, alguma área adequada à instalação de painéis fotovoltaicos?
Já alguém estudou o assunto, tomando por orientação a preservação dos solos agrícolas e florestais para a finalidade para que estão vocacionados? (...)

Onde a biodiversidade nos ajudava a todos, a toda a humanidade, a sobreviver mais uns séculos passaremos a ter, a prazo, lixo tecnológico abandonado.

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