Não se pode confundir a obrigação de garantir o direito à saúde com o fundamentalismo em só garantir esse direito através do SNS. O Serviço Nacional de Saúde deveria ser um Sistema Nacional de Saúde. Se o primeiro tende a pensar só nos recursos do Estado, o segundo tem uma perspetiva nacional. ( José Miguel Marques Mendes, JEconómico)
Antes do mais, devemos relembrar que o verdadeiro sentido do SNS é – garantir o direito à proteção da saúde a todos os cidadãos e que seja tendencialmente gratuito. Sim, não tem de ser gratuito para todos porque nem todos são materialmente carenciados.
Outro dado é que já somos muitos em Portugal, com origens diferentes, posses diferentes e com uma estrutura etária mais envelhecida. E, ainda, é decisivo não fazer de conta que não existe uma estrutura muito mais vasta de unidades hospitalares que podem perfeitamente servir as necessidades da população.
O sistema privado de saúde não é nenhum inimigo do SNS. Desde há largos anos que vivenciamos essa relação público-privado porque o público não faz tudo e a pessoa é direcionada para o privado, como no diagnóstico por análise clínicas, imagiologia, cardiologia, por exemplo, ou no caso de tratamentos como fisioterapia.
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