O descrédito sobre quem nos conduz vai levar-nos, pouco a pouco, à destruição do que mais valorizamos: uma sociedade livre e em paz, que possa ser cada vez mais justa e defensora da verdade. (Bruno Bobone, OBSR)
Vivemos um tempo de destruição da nossa sociedade. Aquilo que importa verdadeiramente, ninguém trata; e aquilo que tratam não importa.
Durante horas fomos afogados pelas televisões numa constante apresentação daquilo que se pretendia ser um grande momento de luta pela justiça, por parte dos deputados da Nação: a comissão parlamentar para avaliar o caso das gémeas.
Durante essas mesmas imensas horas, nada de novo surgiu que alterasse aquilo que já se sabia, apenas um prolongar de egocêntricas intervenções.
Os portugueses agora odeiam turistas, mas devem ser só os portugueses que fazem turismo. Porque os que abriram lojas e negócios não dizem o mesmo. Nem os guias. Nem a economia. Nem... (Alexandre Borges,
OBSR)
A notícia apanhou-nos a todos de surpresa: os portugueses descobriram que não gostam de turistas. Começou nas conversas de café, à boca de pequena, mas já chegou, sem pudores, às páginas de jornal. Depois de anos de campanhas turísticas a pedir que nos viessem visitar, a dizer que éramos os melhores nisto e naquilo e que tínhamos sol e boa comida e preços baixos, decidimos que, afinal, não era isto que queríamos. (...)
O turismo é, portanto, um elemento químico complexo: benigno quando se está numa ponta da corda; tóxico quando se está na outra. Quando o praticamos, somos cosmopolitas e sofisticados; quando é praticado por outros, é parolo e predatório.
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