Há muitos anos que não se consegue criar um ambiente político e uma situação pública capazes de criar confiança nas instituições. Confiança moral, técnica, científica e política. Em boa democracia, é possível ter opiniões firmes, defender um partido e opor-se a outro, desencadear lutas partidárias e ideológicas, participar nas lutas pluripartidárias ao mesmo tempo que se confia nas instituições, na sociedade e nas famílias. É possível a luta de partido contra partido, sem lutar contra instituições. É possível defender firmemente opiniões políticas que dividem, mas acreditar em acções institucionais que unem. É muito raro em Portugal acontecer o que precede.
Nenhuma democracia resiste sem um módico de confiança por parte dos cidadãos.
(Excertos do texto 'Uma questão de Confiança' de António Barreto, Público. Via
Jacarandá)
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