A crise política a que estamos a assistir resulta de uma estratégia de “tudo ou nada” que, a determinado momento, foi decidida pelos líderes dos dois principais partidos, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. (Filipe Alves, DN)
(...) O certo é que Montenegro decidiu-se pelo tudo ou nada, preferindo a ir a jogo agora, enquanto tem mais hipóteses de sucesso, do que dentro de seis meses ou um ano.
Do outro lado da barricada, Pedro Nuno Santos também optou por jogar o seu futuro político nestas eleições antecipadas. No caso de Montenegro, é fácil perceber o que será considerado uma vitória. É ter um resultado que lhe permita a recondução no Governo.
Mas é difícil perceber o que pode ser considerado, ou não, uma vitória para o PS. Será ter mais mais votos que o PSD, mesmo que não consiga formar governo? Será manter o mesmo número de deputados? O que ganhará o PS com estas eleições antecipadas? E quem terá mais a perder nestas eleições? Montenegro, que vai agora a jogo por ser esse o mal menor, ou Pedro Nuno Santos, que poderia ter mais a ganhar em ir a votos dentro de seis meses ou um ano? O futuro dirá.
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