Em Portugal o futuro é sempre um discurso de propaganda. Se o futuro falhar a responsabilidade é do novo Governo.Este país que é Portugal é viciado em crises políticas e dramas institucionais.
É a política do gesto largo que não leva o país a lado nenhum, mas que afasta as elites políticas do português comum.
Quando o Governo não sabe o que fazer, quando o Governo faz o que não sabe, quando o Primeiro-Ministro ocupa a centralidade pivot de um círculo de influências, inventa-se uma crise política que é a uma espécie de espectáculo com vários enredos.
A crise traz as eleições e as eleições remetem o país para o atraso. É verdade que as eleições são a festa da democracia. Mas em Portugal as eleições são o risco da impotência e um drama de baixa extracção para excitação das clientelas políticas.
O que está em causa é o controlo da máquina política, a distribuição de lugares nas listas, o sorteio de cadeiras na administração pública. O país não tem um Governo. O Governo é que tem um país.(excerto do texto de Carlos Marques de Almeida, ECO)
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