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sexta-feira, 18 de julho de 2025

O Debate Político

O PS procura reduzir o debate político à questão do entendimento com o Chega. É a sua maneira de não reconhecer a grande viragem no país e o falhanço e rejeição das políticas de esquerda. (Rui Ramos, OBSR)

De gravata preta pela democracia, anunciou solenemente que o governo está “nas mãos do Chega”. Mas onde quer José Luís Carneiro chegar? O governo, sozinho, não tem votos na Assembleia da República para aprovar leis contra a vontade das oposições. Precisa de se colocar nas mãos de alguém, para usar o pitoresco vocabulário de Carneiro. 

A questão é esta: em que mãos devia colocar-se, quando se trata de inverter o que os governos socialistas fizeram, e de fazer aquilo de que o PS discorda? Está o PS disponível para reconhecer que os seus governos seguiram políticas fiscais e migratórias erradas, e ajudar a inverter essas políticas? Se não está, com quem quer que o governo se entenda?

A ausência de humildade democrática, e uma manifesta incapacidade para aprender com as derrotas, são acompanhadas por um desconhecimento absoluto da realidade. O PCP e o Bloco deixaram de falar para a maioria dos portugueses. Falam apenas para os seus camaradas e procuram “ganhar” o debate na televisão. Mas desistiram de tentar compreender os portugueses.  (João Marques de Almeida, OBSR)

Esta semana assisti a dois debates, um do João Ferreira com um deputado do Chega, e o outro da Joana Mortágua com um deputado da IL. Foi impressionante ver a arrogância política com que falam depois dos seus partidos terem sofridos derrotas eleitorais humilhantes em Maio (há dois meses). João Ferreira e Joana Mortágua falam como se estivessem absolutamente certos e representassem a maioria dos portugueses. Falam ainda como se a “direita” tivesse ocupado o poder ilegalmente. Não entendo por que razão os seus interlocutores não lhes disseram simplesmente o seguinte: “Se acham que estão certos, por que razão a maioria dos eleitores portugueses nunca confia em vocês, e por que razão sofreram as piores derrotas eleitorais há dois meses? Será que a maioria dos portugueses está errada e vocês é que estão certos?”

Mas não foi necessário colocar essas questões para perceber o profundo autismo político em que vivem o PCP e o Bloco. João Ferreira e Joana Mortágua não mostraram o mínimo de humildade democrática. É o que se espera quando se sofre uma enorme derrota eleitoral. Mas não, o PCP e o Bloco é que sabem o que é melhor para os portugueses nas políticas de imigração, de habitação e de saúde. Eles sabem tudo, os portugueses é que não entendem nada do que eles dizem.

A ausência de humildade democrática, e uma manifesta incapacidade para aprender com as derrotas, são acompanhadas por um desconhecimento absoluto da realidade. O PCP e o Bloco deixaram de falar para a maioria dos portugueses. Falam apenas para os seus camaradas e procuram “ganhar” o debate na televisão. Mas desistiram de tentar compreender os portugueses.

Fora do Debate, Para Já: Estado condenado a devolver 200 milhões que os bancos pagaram com lei de Centeno. Adicional de Solidariedade criado por Mário Centeno em 2020 foi considerado inconstitucional. Estado terá de pagar juros à taxa de 4%.  (Filipe Alves, DN)

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