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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

A Frase (202)

As campanhas de desinformação, muitas vezes financiadas por interesses económicos e políticos que lucram com o atraso climático, superam em velocidade e alcance os recursos dedicados a políticas públicas de literacia e comunicação climática. 
(Alice Fonseca, J Económico) 

Num tempo em que os impactos das alterações climáticas são cada vez mais visíveis seria de esperar uma melhor resposta coletiva: agir para travar as crises climática e de biodiversidade. No entanto, há um obstáculo silencioso que mina essa urgência: a desinformação climática.

Esta desinformação ganha terreno sobretudo em contextos de incerteza, crise ou perante fenómenos extremos: as pessoas estão mais vulneráveis a discursos que apelam à emoção e menos propensas a filtrar o que leem ou ouvem. Assim proliferam teorias da conspiração, meias-verdades e narrativas que desviam o foco das soluções baseadas na ciência.

Hoje, a desinformação sobre o clima vai além do negacionismo e assume formas mais subtis: questiona a eficácia das soluções, distorce factos para alimentar narrativas polarizadoras ou propõe falsas alternativas com aparência técnica e inovadora. Este tipo de discurso tem consequências profundas: enfraquece a confiança nas medidas necessárias, atrasa decisões políticas e divide a sociedade.

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