«cada vez é dado menos espaço às novas contribuições cívicas e políticas que surgem e que podem trazer resposta a questões que até aí estavam por resolver».
«Não temos a simplicidade e a humildade de acreditar que pode ser de algumas destas novas contribuições, novos espaços de intervenção cívica e política, que podem vir as respostas que muitas vezes não conseguimos encontrar».
Por isso, acrescentou, «é importante que existam em Portugal novas contribuições na área política».
«São espaços como este do MEP que podem ser contributos importantes para a renovação da vida política», sublinhou, confessando que «se pudesse votar também no MEP, votava».
Durante a apresentação do livro de Rui Marques, Nuno Morais Sarmento falou ainda da «reserva mental» que o Estado laico tem em relação a tudo o que é da Igreja, considerando que se trata de uma atitude de «não é facilitadora da esperança».
«O Estado laico tem uma reserva mental, ficou com uma má consciência em relação a tudo aquilo que eram obras de intervenção social próximas da Igreja, tem um pouco esse complexo republicano e laico», disse mais tarde aos jornalistas.
Porque, continuou, na «procura bem intencionada da separação de poderes», o Estado acabou por ter «vergonha» do activo que é a Igreja.
«Há uma má consciência em relação ao que é o património insubestituível que a Igreja deu», frisou.
Interrogado se hoje em dia, com o actual Governo, a relação entre o Estado e a Igreja agudizou-se ainda mais, Nuno Morais Sarmento não respondeu directamente, dizendo apenas que «quando o Estado vive um momento socialista, o laicismo agudiza-se».
(Sol online)
Sem comentários:
Enviar um comentário