... O que se segue foi escrito por quem ainda tem ilusões que vive num Estado de Direito ...
O facto de os magistrados do "caso Freeport" terem decidido revelar algumas insuficiências da investigação no despacho que decide o arquivamento do processo, pode ser visto como uma originalidade. Mas também é um sinal claro de que alguém deixou de ter confiança na estrutura em que opera e não quis ficar calado, mesmo que decidindo recorrer a um método menos ortodoxo de denúncia de mal-estar.
Quando o tema é a justiça e os contendores são juristas, o maior risco é o de se falar muito para que, no final, nada mude. Só que as declarações do PGR e as queixas que estão no despacho de arquivamento do "caso Freeport" são demasiado preocupantes para que tudo se fique por trocas de acusações inconsequentes. Está em causa um cidadão - hoje é José Sócrates, amanhã será outro qualquer - e a confiança no edifício periclitante da justiça. Se, no interior do seu principal pilar, andam de candeias às avessas, o que resta do Estado de Direito?( ler aqui)
Quando o tema é a justiça e os contendores são juristas, o maior risco é o de se falar muito para que, no final, nada mude. Só que as declarações do PGR e as queixas que estão no despacho de arquivamento do "caso Freeport" são demasiado preocupantes para que tudo se fique por trocas de acusações inconsequentes. Está em causa um cidadão - hoje é José Sócrates, amanhã será outro qualquer - e a confiança no edifício periclitante da justiça. Se, no interior do seu principal pilar, andam de candeias às avessas, o que resta do Estado de Direito?( ler aqui)
joaosilva@negocios.pt
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