segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Asfixia Fiscal ...


O português experimentou e ... parece que gostou ...

Há meia dúzia de anos o português cultivava uma especial predilecção pela fuga aos impostos. O impulso libertário deu, porém, lugar a uma pulsão masoquista: o português experimentou a asfixia fiscal e, pelo silêncio comprometido, tudo indica que gostou. (...)

Talvez, na ausência de Freud, a herança salazarista explique um país pacificado com o facto de a despesa galopante e muitas vezes ineficiente do Estado ser financiada por uma classe média cada vez menos remediada.(...)

Tirando estes pormenores irrelevantes e até um pouco maçadores, parece que as altas instâncias da política portuguesa estão preocupadas com as consequências irreversíveis de uma eventual notícia na primeira página do Financial Times, dando conta da falta de acordo sobre o Orçamento neste desabonado cantinho. O que será, então, melhor: um novo orçamento assente num aumento de impostos ou uma notícia na língua de Shakespeare impressa em cor de salmão? Suspeito que no melhor estilo indígena vamos manter as aparências.( Miguel Coutinho,D.
Económico).

A fuga ao fisco continua e continuará. Quanto mais sobem os impostos, mais refinados se tornam os métodos de fuga (exceptuando aqueles que de todo não podem fugir).
Quem passa recibo? - uma minoria - a economia paralela atingiu já os 20%.
Apesar de tudo isto, paira um conformismo que surpreende.

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