As exigências da crise da dívida conjugadas com as deficiências na construção política europeia estão a violentar perigosamente as democracias representativas baseadas no Estado-Nação, diz Helena Garrido no JN e acrescenta - Os políticos, de Angela Merkel a George Papandreou,
vivem no fio da navalha, na difícil conciliação de satisfazer os anseios quotidianos dos seus povos e dos povos alheios para garantir a vida da União Europeia e de todos os povos europeus a um tempo mais longo do que o desta crise. De todos os políticos europeus, os alemães são os que têm o maior desafio nesta crise.
Sabem que,
sem a Alemanha, o euro acabará. Sabem que precisam do povo alemão para apoiar o euro. E
sabem que os alemães não suportam indisciplina financeira nem ameaças ao valor da sua moeda.
Pois, mas ...
Os salários na Alemanha subiram 19,4% na última década, menos do que nos restantes países da União Europeia, incluindo Portugal (mais 32,8%), revelou hoje o Instituto Federal de Estatística alemão (Destatis). - É claro que sabemos que os salários dos portugueses eram e são na maioria comparativamente com o resto da Europa muito baixos, no entanto, também sabemos que foram os salários mais elevados e pagos pelo Estado que mais aumentaram.
E estes parece que não sabem o que todos sabemos:
Allied Irish Bank está a preparar o pagamento de 40 milhões de euros em prémios aos funcionários na unidade de banca de investimento. Bruxelas não quer pronunciar-se, mas já disse que a decisão é "ligeiramente bizarra".- Só Bizarra ?
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