No meio deste borbulhar, só Pacheco Pereira não borbulha: ao contrário dos camaradas, ele deseja Sócrates e Passos exactamente no mesmo sítio. A grelhar devagarinho até 2013, altura em que o PS socrático e o PSD coelhista cairão de cansaço e descrédito. O cerco a Passos Coelho aperta-se: uns querem que ele avance já; outros não querem que ele avance nunca. É natural que o próprio Passos hesite: se avança demasiado cedo, enterra-se; se avança demasiado tarde, acaba enterrado. No meio deste dilema, alguém devia explicar ao dr. Passos que a história dos ‘timings’ perfeitos não passa de uma falácia – a falácia que o tem aprisionado desde o início. Um estadista não espera pelo momento certo; ele cria o momento certo. A multiplicação de palpites, que não vai parar, só reflecte a fraqueza de um líder.
Fonte:João Pereira Coutinho,CM
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