A ideia dos debates quinzenais partiu de Sócrates, que assim quis mostrar aos portugueses que adorava o parlamento e respeitava muito os senhores deputados. (...) Tinha um estilo mais agressivo, mais tenso, não ligava à maioria das questões que lhe apresentavam e aproveitava o palco e os directos das televisões para anunciar uma ou outra medida emblemática que muitas vezes não passava disso mesmo: de um mero anúncio. É por estes debates e pelos outros que aí vêm que importa pensar muito bem no assunto e repensar o modelo. De 15 em 15 dias - é um exagero. De mês a mês seria mais razoável, com menos voltas, menos tempo, mais concentrado. (...)
Chegou a hora de a retórica barata dar lugar ao trabalho.
António Ferreira, Ji
Não podia estar mais de acordo com esta frase. Há muito trabalho para fazer, debates na AR só para cumprir rituais não vale a pena. A Casa da Democracia deve ser prestigiada e só em casos especiais ou urgentes se justifica debates de periodicidade tão curta. Para prestar 'contas'e debater propostas é desnecessário ir ao parlamento de 15 em 15 dias. Todos os meses basta. Ao trabalho! - sem perda de tempo.
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