O seu romance de estreia, Vita (La Vie Légère), vai ser lançado em França pela Gallimard.
Apontamentos que permitem ter uma fugaz visão do seu pensamento:
Afirma: escrever em francês não foi uma decisão, foi uma necessidade, um apelo, uma evidência.
A família onde se nasce é um acaso. Aquilo que somos profundamente não tem nada a ver com o sítio ou com a família onde nascemos; tem a ver com aquilo que nos chama. Se todos pensassem assim, os divãs dos analista estariam vazios.[será?]
Logo a seguir afirma: o facto de ter crescido perto do mar sempre foi um apelo para partir. O mar está muito presente no romance e na minha vida como elemento de liberdade. A palavra é "liberdade". A minha identidade nasce do confronto com o que me traz um perfume de liberdade. Que muitas vezes vem de um encontro de coisas que me são completamente estranhas.
O que é essencial para mim é crescer em permanência. E tentar ser cada vez mais próxima daquilo que sou. É um enorme caminho que dura a vida inteira.
A minha vida é aquilo que faço. Palavras ... é a minha procura permanente: a palavra certa para contar a vida. Para dizer quem sou e como quero viver.
Nota: Leonor Baldaque nasceu em 1977. É neta de Agustina Bessa-Luís e actriz de Manoel de Oliveira. Aprendeu com Emily Dickinson que "não" é a palavra maia selvagem da língua. Começar a usá-la mudou a sua vida.
Fonte: Entrevista publicada na Pública
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