Quando o poder reside na detenção e gestão do segredo e na sua eventual comunicação, já não estamos em “democracia”, estamos naquilo que, à falta de melhor, se pode designar por “bufocracia”. Um regime em que, no circuito dos poderosos, oficiais ou fácticos, ninguém é livre: todos podem condicionar todos e todos podem acusar todos. É o “bufo”, potencial ou actual –
mas não o povo –, quem mais ordena. É o espectáculo do segredo.
Paulo Rangel,Público
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