Passos Coelho queria esperar pela derrota nas autárquicas para abrir um novo ciclo político, mas a realidade, como já tinha feito a Sócrates, trocou-lhe as voltas.
Agora, vai tentar recuperar o controlo da agenda política com a mais do que evidente renegociação do acordo com a ‘troika'. Um orçamento de 2012 assente em impostos e medidas temporárias, que o Tribunal Constitucional chumbou, e um orçamento de 2013 assente unicamente em impostos só poderia dar nisto.
Passos e Gaspar desenharam o Orçamento para comprarem tempo de negociação com a ‘troika', à espera das eleições alemãs de Setembro, mas foram obrigados a antecipar calendários. (continuar a ler aqui)
É evidente que finalmente perceberam que a corda está demasiado esticada e que dificilmente vai aguentar mais esticões, resta saber se terão imaginação e engenho para não rebentar com os últimos fios.
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