Justus Lipsius, sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, tem 24 quilómetros de corredores: um vasto labirinto burocrático na sede Europa. Num desses corredores, um oficial sénior conta a última ocorrência do estado da política continental, que se transformou numa espécie de cozinha fechada com um calor insuportável. "Pai", um filho diz ao pai: "Eu tenho que ir ao banheiro". "Então vá, você vai ter que esperar até as eleições alemãs."
O projecto europeu praticamente desapareceu do debate eleitoral da primeira potência continental. Entretanto a Alemanha vai 'cochilando' sobre o vulcão. Há meses que todas as decisões importantes sobre a Europa estão em espera para depois de domingo. A Grécia precisa de um terceiro resgate, Irlanda, Portugal e Espanha, provavelmente, não podem sair de seus programas sem ajuda política, Itália é uma ameaça potencial para os suportes no pacote da crise do euro, o sistema financeiro permanece num estado de negação à espera do BCE (também paralisado pelas eleições) e, especialmente, o sindicato bancário, o projecto mais significativo desde a criação do euro, está à espera do mais do que provável terceiro mandato de Angela Merkel e do novo governo de coligação.
Mas, todos sabem que apenas uma aliança entre os sociais-democratas (SPD), os Verdes e Die Linke de esquerda poderia mudar esse cenário.
Merkel passou a austeridade a metade da Europa condenou a uma recessão desnecessariamente longa, com consequências sociais brutais. Nunca reconheceu que a crise bancária é mais imposto (...) permitiu ou incentivou uma lacuna preocupante entre o Norte e o Sul, entre países supostamente virtuosos e pecadores, que roça o extremismo.
A UE espera por domingo para encontrar na Alemanha uma resposta sobre o fundamental: O que está por trás do euro?
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