... No traje da verdade (sempre nua), sem dúvida seria a vitória do Pranto.
(...) Demócrito ria sempre: logo nunca ria. A consequência parece difícil e é evidente. O Riso, como dizem todos os Filósofos, nasce da novidade e da admiração e cessando a novidade ou a admiração, cessa também o riso; e como Demócrito se ria dos ordinários desconcertos do mundo, e o que é ordinário e se vê sempre não pode causar admiração nem novidade; segue-se que nunca ria, rindo sempre, pois não havia matéria que motivasse o riso.
Padre António Vieira
[É assim que estamos, é assim que decorre a nossa vida - sem matéria para rir e já nem chorar conseguimos]
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