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De: Rui Ramos |
O que é novo em Portugal, na Espanha ou na França não são tanto os resultados eleitorais dos partidos “anti-sistema” (o PCP e o BE valem hoje, juntos, menos do que o PCP em 1979, e a FN já foi segunda nas presidenciais de 2002). A novidade é a tentação dos partidos democráticos (ou “republicanos”, como se diz em França) de incluir os extremistas nos seus jogos de poder, isto é, reduzir a política à aritmética: já não interessa o que esses partidos defendem, mas só de quantos votos dispõem. Daí a tese, muito conveniente, de que os “votos são todos iguais” ou (como argumenta Sarkozy em França) que já não há “
votos contra a República“.
Rui Ramos, OBS
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