quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Pior Que Pode Acontecer A Portugal É A Perpetuação Das Desculpas Externas ...

Pronto. Já cá canta mais uma taça. Portugal continua a vencer na Europa. Contra todos as expectativas, e após um forte pressing final do adversário que levou o próprio treinador português a duvidar da vitória (“a situação aparentemente não está muito simpática para Portugal”, disse ontem António Costa), lá conseguimos erguer a Taça das Zero Sanções. Marcelo pode encomendar as medalhas. 

Mas ...


O pior que podia acontecer a Portugal é a perpetuação das desculpas externas para esconder as incompetências internas.

Sócrates teria sido um primeiro-ministro bestial se não fosse a malfadada crise das dívidas soberanas; Passos Coelho teria sido um primeiro-ministro bestial se não fosse o malfadado programa da troika e os chumbos do Tribunal Constitucional; António Costa teria sido um primeiro-ministro bestial se não fossem as malfadadas sanções e as imposições dos tratados que o impedem de conduzir o país até à terra onde escorre o leite e o mel. As políticas destes três senhores divergem, mas as desculpas, essas, convergem. É assim desde sempre. A ausência de uma cultura liberal e a falta de fé nas capacidades de cada um é compensada com a criação de uma extraordinária máquina de produzir desculpas que funciona a todo o vapor desde tempos imemoriais. É a máquina dos “ses”. Nós teríamos conseguido, se…; nós teríamos vencido, se…; nós teríamos atingido, se…  
( artigo completo aqui)

Ainda a propósito:Uma intensa troca de telefonemas na véspera fez a Comissão mudar de posição e aprovar por unanimidade a anulação da multa a Portugal. Decisivo foi o trabalho de Juncker e de Moedas.(ler)

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