Nas escolas, o ano lectivo arrancou sem auxiliares suficientes para assegurar o funcionamento das actividades. E sem dinheiro para suportar os custos de água, luz e papel higiénico, com o ministério a apertar o cinto orçamental ao limite. Nos hospitais, os atrasos nos pagamentos amontoam-se e batem recordes. Estão em causa horas extraordinárias, a reposição de medicamentos, a liquidação de despesas normais de funcionamento. Nos transportes, como explica José Manuel Fernandes, observa-se à deterioração rápida da qualidade dos serviços do Metro de Lisboa, sem fundos para pequenas reparações. E, imagine-se, sem sequer capacidade de emissão de novos bilhetes. Na economia, o investimento público caiu acentuadamente para níveis impensáveis, em nome do cumprimento da meta do défice, quando, ainda há um ano, se prometia que por ele passaria a recuperação económica.
Excerto do artigo de Alexandre Homem de Cristo no OBSR
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