Portugal parece ter também entrado na era da pós-verdade, um expressão que se está a popularizar na caracterização da actual sociedade, depois do que se passou com a decisão dos ingleses de saírem da União e daquilo a que estamos a assistir na campanha do republicano Donald Trump.
Não importam os factos, pouco interessa o que é verdade, acredita-se, quase por fé, naquilo que se deseja que seja verdade. É o sentimento que conta, tal como nos mercados. Não é mentira, mas também não é verdade mas é aquilo que queremos que seja a realidade, seja porque assim pensam os nossos amigos, a nossa tribo seja o partido ou clube de futebol, ou aqueles a quem damos maior credibilidade que não são – e esta é a grande diferença – especialistas.
Na era dos factos, basta verificar com estatísticas, frases ou relatos para se fazer ou desfazer uma declaração. Nesta nova era é mais importante quem diz, a que “tribo” pertence e especialmente, num mundo de imagem, a forma como se afirma. Vem tudo isto a propósito da perplexidade que causa a reacção, que se consegue identificar como geral, à política económica do actual Governo.(continuar a ler)
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