Ilustração: Carlos Ribeiro |
Andamos de um lado para o outro, muitas vezes às voltas, sem chegar a lado nenhum. Outras vezes, a linha é reta mas o rumo é errado!
Outros vão no rumo certo, mas perdendo-se em mil desvios, acabam por nunca lá chegar.
Depois há quem goste de andar para trás, sempre na convicção de que os demais é que estão a regredir!
Antes do primeiro passo, importa perceber a vontade que nos anima, o que está à nossa volta e escutar bem o que dizem os que nos respeitam e merecem ser escutados, aqueles que, na maior parte dos casos, se expressam por poucas e boas palavras. Preocupam-se com o bem e com o nosso bem, mas não nos propõem o caminho sem que antes o peçamos.
Nem toda a presença significa respeito, nem todo o silêncio é bom e nem toda a palavra procura o entendimento.
Os caminhos da vida não se repetem. Ninguém dá duas vezes o mesmo e exato passo. Cada momento é apenas um degrau para o seguinte, onde não se pode descansar. Há luzes e trevas, mas, muitas vezes, as sombras são sinais de grandes luzes por detrás dos obstáculos que importa vencer.
O caminho que vira as costas à luz é o dos que querem ser felizes, mas não estão dispostos a ir por onde tem de ser. É um caminho cheio de gente.
O bom caminho é o da luz. Por entre as sombras. Nenhum passo é em vão, ainda que seja possível que nada se conquiste, senão a dignidade de honrar a nossa vida e o seu sentido!
Fonte:' Nem todo o movimento é um passo em frente ', Martins, José Luís Nunes, RR
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