Estão em curso grandes manobras que envolvem as televisões, os canais privados e a produção de conteúdos. Com as televisões, vão as rádios, provavelmente jornais e agências noticiosas. Sem falar da net, dos grandes portais e das redes. As nossas liberdades, o pluralismo da sociedade e a decência da nossa democracia estão em causa. A PT, que com este ou outro nome já se viu envolvida em várias histórias de assombrar, está outra vez a tentar comprar, integrar e talvez vender! Observou a RTP, olhou para a SIC e fixou-se na TVI.
O governo tem receio de se exprimir, tem medo de defender os interesses públicos, não sabe como zelar pelas liberdades, não consegue encontrar maneira de explicitar a sua opinião e de pôr em prática uma política.
O PCP e o Bloco querem nacionalizar. Estão convencidos de que o poder nunca é excessivo se for político, do Estado e deles. Já se for de empresas privadas, muitas ou poucas, é sempre abusivo e perigoso. Com estas opiniões não se vai muito longe. O PSD e o CDS querem que esses sectores sejam privados e fonte de negócio. Assim, adianta-se pouco. O PS é mais complexo. Ou antes, mais complicado. Porque já quis tudo e as suas variedades, todas as hipóteses e os seus contrários. Favoreceu e combateu a privatização, desejou e contrariou o monopólio de Estado, impediu e ajudou à concentração vertical e horizontal. Tudo depende do dia, do ano, do chefe e para onde está virado.
A Anacom chama a atenção para os perigos, diz que não mas que também, não inviabiliza o negócio nem o aprova.
A Autoridade da Concorrência, que vai ter de aprovar ou proibir, foge como pode.
A ERC é a mais patética. não sendo a favor favorece e não sendo aprovação aprova!
O Parlamento empurra. A aliança do governo não tem pressa, pois os seus membros já perceberam que haverá divergências entre os três.
O governo foge e esconde-se.
Mas lá que há perigos para a liberdade...
(excertos do artigo de António Barreto, hoje no DN)
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