
Trata-se de uma tradição antiga, que não distingue épocas ou geografias. Pense-se na família do líder parlamentar do PS. Com o patriarca César ausente no continente, mulher, filho, irmão e nora veem-se obrigados a desempenhar cargos públicos nos Açores. Ou no irmão da secretária-geral adjunta do PS que é secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Já o atual ministro da Defesa, por exemplo, é filho de um antigo ministro das Obras Públicas, João Cravinho, colega de António Costa no XIII Governo Constitucional. Do mesmo modo que o primeiro ministro da Cultura deste Governo é filho de Mário Soares que nem nos seus tempos de presidência "quase monárquica" levou a ética republicana a um expoente tão elevado. Sendo certo que muitas destas pessoas têm méritos e competências de sobra, é verdadeiramente a sensação de compadrio familiar alargado que lhes arruína a reputação e lhes limita a ação.
(Excertos do artigo de ontem de Nuno Botelho, JN)
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