Vencer, perder, os termos guerreiros que empregava serviam para descrever uma luta silenciosa, interior. O coração do homem era como a terra, metade iluminado pelo sol e metade na sombra. Nem mesmo os santos tinham luz em todo o lado.« Como o corpo existe», dizia ele, « estamos na sombra, somos anfíbios, como as rãs, uma parte de nós vive cá em baixo e a outra tende para as alturas. Viver é apenas ter consciência disso, sabê-lo, lutar para que a luz não desapareça,vencida pela sombra. Desconfie de quem é perfeito, de quem tem as soluções já prontas no bolso, desconfie de tudo excepto daquilo que o coração lhe disser»
Susanna Tamaro
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