Mais importante do que destruir os ninhos é prevenir a proliferação desta espécie invasora e predadora de abelhas. O projecto GoVespa, da UTAD, prepara uma tecnologia para localizar ninhos através de microsensores e drones — mas não é tarefa fácil.
A vespa-asiática foi detectada pela primeira vez em Portugal no ano de 2011, em Viana do Castelo, e tem vindo a alastrar-se para o resto do país – Lisboa é, até agora, o distrito mais a sul onde a espécie foi avistada. O investigador José Aranha faz parte de uma equipa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que trabalha há sete anos no estudo e monitorização desta vespa – e integra um projecto que ajudará a localizar e destruir ninhos através de drones, microtransmissores e radares. Mas o problema, diz, poderia ser menos grave: “Nós alertámos para a expansão destas vespas e, se em 2013 nos tivessem ouvido e as pessoas tivessem cuidado no manuseamento dos materiais, a vespa-asiática não chegava a Lisboa, como agora é o caso”.
Quanto ao cenário futuro, tudo dependerá da postura assumida pelas autoridades. “Se tivermos o cuidado de fazer as quarentenas e de fazer a devida vigilância do que transportamos e se instalarmos armadilhas, conseguimos reduzir a dispersão da vespa”, garante. “Mas se continuarmos com uma atitude de combate em vez de uma atitude preventiva, é provável que dentro de meia dúzia de anos a vespa esteja espalhada por todo o território nacional”. (continuar a ler)
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