Para eles, que são futuro, é demasiado cedo para cometerem tantos. (Sebastião Bugalho, DN)
Quando se colocar a década de Marcelo em perspetiva, a ascensão de novos populismos, a tragédia dos incêndios, o trauma da pandemia, a debilidade do Serviço Nacional de Saúde e a fragilidade das nossas instituições serão inseparáveis da era que, com António Costa, encabeçou. Por inevitabilidade das circunstâncias a que presidiu e dos governos com que conviveu, a frase que talvez o melhor resumirá é a que ele próprio proferiu na madrugada de Pedrógão Grande: "Fez-se o que se podia."
Preso entre um populista que concorreu ao seu lugar e a uma segunda figura do Estado que deseja ser primeira, Marcelo faz o que pode: nada.
O que não significa que seja indiferente a um presidente do Parlamento que usa a função para pré-campanha e a ameaça populista como trampolim.Pedro, a que as tais pessoas reconhecem crenças mas não confiabilidade, e Carlos, em quem as mesmas pessoas acreditam mas de quem começam a desconfiar, sofrem ambos por se considerarem melhores do que quem manda, tendo muito que aguardar até mandarem por eles. O primeiro, até agora, entregou 2% das casas para habitação social que anunciou. O segundo, em menos tempo, abdicou das promessas que encheram os seus cartazes.
Na espera, o mais difícil é não cometer erros.
Para eles, que são futuro, é demasiado cedo para cometerem tantos.
(excertos do texto de SB hoje no DN)
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