Naquele tempo éramos donos
das palavras,
não pagávamos tributo ao dicionário.
Naquele tempo fazíamos dos actos
factos,
ignorávamos os agiotas da decência.
Éramos dragões vomitando fogo,
lava,
origem,
trigo e
irreverência.
Éramos libertinos, libertários,
vagabundos
sentados nas sarjetas da
inocência.
Naquele tempo éramos donos
naquele tempo éramos
naquele tempo...
(Emanuel Jorge Botelho)
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