A estratégia tem, como cereja no topo do bolo, este paradoxo: quando chegamos ao momento de encaixar o comboio rápido em Alcochete, vemos que há que desviar a alta velocidade do Porto-Lisboa do seu traçado previsto para, através de uma nova ponte no Carregado, levá-lo pelo lado nascente do Tejo até ao aeroporto em Canha (bem longe do Alcochete-outlet), para depois o comboio voltar para Lisboa por mais uma ponte nova (Chelas-Barreiro), somando quase mais 100 quilómetros de puro passeio para se chegar ou sair da capital rumo ao Norte e Centro do país.
É obra - e muitos milhões para alguém faturar em obras públicas. Aliás, num país que anda a comemorar a redução da dívida pública e os sacrifícios de uma década pós-troika, esta hipótese só pode fazer parte de um processo de alucinação coletiva. (Continuar a ler)
(Manuel Deusdado, DN)
Sem comentários:
Enviar um comentário