sábado, 30 de março de 2024

Frase (72)

André Ventura parece-me que partilha com António Costa um interesse absoluto pelo exercício do poder e uma razoável indiferença pelos resultados que o exercício desse poder possa ter sobre as pessoas comuns.
(Henrique Pereira Dos Santos, OBSR)

Durante muito tempo a normalidade democrática garantia aos partidos dominantes um futuro com altos e baixos, mas um futuro.(...)

O Chega, tem uma necessidade absoluta de não perder o impulso que lhe tem permitido questionar a alternância democrática assente no bipartidarismo, à boleia das oportunidades que António Costa abriu em 2015, com a sua, de António Costa, indiferença pelas instituições. (...)

Aparentemente, a AD adoptou, uma estratégia base de sobrevivência – o reforço das instituições e da normalidade democrática – que na verdade é o que melhor lhe permite distinguir-se da “necessidade de caos” que acredita que alimenta o Chega. 

É uma estratégia de risco, que nunca terá o apoio da imprensa, quer porque a imprensa vive da efervescência da novidade permanente, quer porque os jornalistas de política são, quase sempre, viciados na quadrilhice, para além de ser uma estratégia com grande grau de incerteza e que demora a dar resultados.

Eu acho que é um risco que vale a pena correr.

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