Mas a noite ventosa, a noite límpida
que a lembrança somente aflorava, está longe,
é uma lembrança. Perdura uma calma de espanto,
feita também ela de folhas e de nada. Desse tempo
mais distante que as recordações apenas resta
um vago recordar.
As vezes volta à luz do dia,
na imóvel luz dos dias de Verão,
aquele espanto remoto.
(...)
Às vezes regressa
na imóvel calma do dia a recordação
daquele viver absorto, na luz assombrada.
(Cesare Pavese)

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