A Iniciativa Liberal vai poder deixar de maçar todos com aquela conversa gasta de que são “um partido de ideias e não de figuras” e outras variações. Não são. Neste aspeto muito concreto, fazem igual ou pior ao que se vai fazendo noutros partidos. E é difícil descortinar como é que um partido que se diz tão amigo da inovação, da criatividade, do rasgo, da ousadia, do empreendedorismo, do mérito… escolha frequentemente os seus líderes e candidatos em circuito fechado. (Miguel Santos Carrapatoso, OBSR)
Talvez isso explique a pobreza programática do partido nos últimos meses. Além de uma fixação quase juvenil pela motosserra de Javier Milei e de umas críticas desgarradas a Luís Montenegro (o tal que em maio era um parceiro de governação perfeitamente confiável e sedutor), vai faltando aos liberais um rumo evidente. Mariana Leitão poderá sempre dizer que começou agora e que precisa de tempo. É perfeitamente razoável. E terá esse tempo. Mas os sinais que se vão acumulando não auguram nada de bom: a IL parece caminhar alegre e empenhadamente para a irrelevância.

Sem comentários:
Enviar um comentário