O Governo mostra-se ambicioso e disponível até para correr riscos, se levarmos em conta que divulgou um calendário. A partir de Setembro vai apresentar propostas de alterações legislativas nos códigos do procedimento e do processo administrativos e da contratação pública. E quer que a reorganização dos ministérios, agora iniciada com a Educação, esteja concluída até ao final do primeiro semestre do próximo ano, seguindo-se a transformação digital e organizacional. Ainda que, como se percebe, uma e outra estejam interligadas.
Não é fácil acreditar que desta vez é que vamos ter a grande reforma do Estado, talvez porque isso é manifestamente impossível. Há aliás um aspecto que pode deitar tudo a perder, que é a resistência passiva, caso não se esteja a fazer as mudanças com as pessoas. Mas se o Governo, além da reorganização interna do Estado, identificar os procedimentos que mais tempo fazem perder as empresas e os cidadãos, e se os simplificar, teremos dado mais um passo no sentido da desburocratização. Aprendendo com o que foi bem e mal feito no passado. (Helena Garrido, OBSR)

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