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terça-feira, 11 de novembro de 2025

A Frase (252)

Portugal tem novamente uma oportunidade de modernizar o setor da saúde com o apoio europeu – mas esta oportunidade só terá impacto se conseguirmos transformar investimento em resultados duradouros.     (Filipa Fixe, ECO

Nos últimos anos, os fundos europeus deixaram de ser apenas instrumentos de resposta em momentos de crise ou únicos. São uma das principais ferramentas de transformação estrutural, em Portugal e na União Europeia. Atualmente, o país dispõe de um Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de 22,2 mil milhões de euros1, em vigor até 2026, com a área da Saúde com mais de 1.700 milhões de euros. Este deve ser um investimento pensado para modernizar todo o ecossistema de saúde: desde a prevenção até ao tratamento, envolvendo o setor público, o privado, o social e as empresas. A saúde é, hoje, uma equação demasiado complexa para se resolver em silos.

Há sinais positivos. Nos últimos anos, assistimos à expansão de unidades de saúde, à digitalização de processos clínicos e à criação de novos hospitais/unidades de cuidados primários. Mas, se perguntarmos aos cidadãos, muitos dirão que pouco mudou.

Persistimos num ciclo: grandes investimentos, mas pouco impacto. E é precisamente isso que temos de quebrar. As melhorias efetivas no sistema de saúde não se fazem apenas com obras de construção ou projetos isolados, fazem-se com integração, planeamento e uma visão de médio/longo prazo, baseada em dados em métricas precisas para gerar resultados e confiança.  

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