Não tenhamos medo das palavras: vivemos momentos de trevas e não só nesta Semana Maior. Mas, em simultâneo, somos também testemunhas privilegiadas da cintilação que o Papa Francisco faz jorrar hoje sobre a Igreja, ao não se encerrar no conforto rotineiro dos templos mas saindo deles, de sapatos cambados e fato de trabalho, para, de coração escancarado, ir ao encontro do outro. Cintilação e barbárie, luz e trevas? Em simultâneo, no mesmo mundo e à mesma hora? Sim. Mas não é paradoxo, é mais uma vez o mistério a interpelar-nos. De caminho, atirando-nos com o desafio de uma fé que, se possível, esteja à altura do recado desse mistério.
Maria João Avillez, Observador
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