*Papa enfrenta ultraconservadores. Conseguirá aguentar-se no cargo?
*PCP contra fim da mudança de hora
*EDP sem presidente da assembleia geral. Chineses rejeitam Rui Medeiros para substituir Vitorino
Marcelo Rebelo de Sousa, o mais alto magistrado da nação e o tronco nu mais popular da Península Ibérica, disse ontem que já está em curso a campanha para o ano eleitoral de 2019 – europeias em Maio, legislativas em Outubro. É um facto “político” que o professor Marcelo se deleitaria a comentar. Com a excepção de Rui Rio (que desempenha neste filme o papel curioso de aldeia gaulesa que resiste ainda – talvez não sempre – à invasão do vírus eleitoral) os dados estão a ser lançados.
«O Estado deve definir com clareza que funções e responsabilidades assume, assegurando depois todos os recursos correntes necessários ao normal desempenho dessas tarefas. Num quadro de elevados passivos acumulados, decorrentes dos períodos de austeridade severa do passado, garrotear as funções do Estado com elevadas cativações, pode ser uma bênção para as metas do défice, mas é sempre um descalabro para a sustentabilidade dos serviços, para os profissionais colocados no fio da navalha e para os cidadãos que a ele pretendem aceder. Na saúde e na mobilidade proliferam as situações de pré-rutura e rutura que resultam desses passivos, das cativações e da incapacidade para perceber que da mesma forma que é suposto o ser humanos se alimentar todos os dias, há funções do Estado que precisam de alimentos diários estáveis. Nesta matéria, é tão irresponsável quem não fez no passado como quem não faz no presente perante a evidência dos sinais.»
Santana sabe muito de política. Pode até conseguir proximamente um resultado que lhe convenha e lhe dê espaço de negociação à direita ou à esquerda, ficando numa posição charneira. Por muito que ele diga que quer ganhar ao PS, há que recordar que foi ele que lhe deu a vitória em Lisboa de mão beijada ao não aceitar candidatar-se nas últimas autárquicas. Foi também ele que se deixou reconduzir à frente da Santa Casa por António Costa. Portanto, o suposto combate ao socialismo teria certamente mais êxito com ele dentro do PPD/PSD. A solução Aliança é provavelmente sol de pouca dura, por muita projeção mediática que esteja a ter e mesmo com a adesão de gente com muita qualidade e capacidade,como João Pessoa e Costa.
«O governo quer dar benefícios fiscais – além dos que já existem – aos portugueses que emigraram nos últimos anos para regressarem ao país, uma medida que corresponde à criação de uma divisão desnecessária e iníqua entre portugueses, mas que serve sobretudo fins político e partidários. É barata e, sobretudo, é a forma expedita arranjada por António Costa para manter os anos do resgate e da troika na discussão política em ano de eleições.»
A aparição de novos partidos pode muito bem ser vista como um sinal de dinamismo do sistema político ou do empenhamento e da mobilização da sociedade em torno de projectos para o país. Mas pode igualmente ser um sintoma de fragilidade do sistema partidário existente ou a expressão de meros projectos pessoais de chegada ao poder. Em Portugal, o que está a acontecer mostra que há uma possível combinação destes dois cenários. Se é impossível não encontrar em alguns dos líderes dos novos partidos uma ânsia de protagonismo tão legítima como supérflua para o interesse do país, também é inegável que os novos partidos surgem na sequência de um vazio no espaço do centro direita. Ou, por outras palavras, no espaço do PSD – e, em parte, no do CDS.
Chávez e Maduro não se afastaram do socialismo. Pelo contrário, eles implementaram mesmo um regime socialista. Como todas as outras experiências socialistas do século XX, o socialismo na Venezuela acabou numa ditadura, na pobreza, na miséria e com refugiados a fugirem para países capitalistas.
Quem não protege a liberdade arrisca-se a ficar sem ela. Quem ouve, do alto do púlpito, a extrema-esquerda (ou outro qualquer) a ditar quem pode ou não discursar onde quer que seja (sem reação nem indignação), muito provavelmente não merece a liberdade que tem. Num momento em que a invocação dos heróis do 25 de Novembro, que a AR já não comemora, dá lugar a saneamentos no Regimento de Comandos, temos de estar alerta!
Saber usar desfibrilhador pode ser obrigatório para novas cartas de condução.