sexta-feira, 30 de junho de 2017
Emoção E Poder
No mundo em que vivemos a política, aspirante a gerir as pessoas e os recursos, depende muito da emoção. Porventura mais do que outrora.
A emoção explica mais do que em qualquer outro tempo a força do carisma, a legitimação da autoridade e a credibilização dos argumentos.
Ninguém tem tempo nem estofo nem capacidade para analisar, ajuizar e concluir sobre as milhares de questões técnicas, especializadas e complexas que a política gere e decide. Ninguém compreende os discursos e os debates a não ser pela clareza e pela convicção. E pela emoção de estar vinculado. E pela confiança que a relação emocional gera nos governados. Confia-se pela relação emotiva que se estabelece tacitamente com quem nos governa e nos guia. Acredita-se pela fidúcia de que o Estado e as suas ramificações estão concentrados no preenchimento das funções que nos possibilitam e garantem um modo de vida e uma gravidade de segurança.
Pois bem. Mais do que qualquer outro no passado recente, o poder que Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa implementaram funda-se justamente nessa linha transversal – ligar o país emocionalmente à sua presença e à sua conduta. De “afeto” e de “otimismo”.
Digerir uma tragédia como a de Pedrógão Grande é o grande teste desde poder bifronte. Nada será como antes.
A estratégia de comunicação “controladora” falhou, pois partiu para o terreno com premissas falsas ou desconhecidas e terrivelmente desmentidas pelas horas seguintes de horror e colapso. Neste mundo em que vivemos, a verdade, se diferente da “realidade”, vira-se sempre contra os mensageiros. E a verdade era de grande violência, convenhamos. Verdade feita de morte dolorosa, que é vivida com grande impacto coletivo, com maior ou menor dimensão. Esta foi nacional. Perdura. Arrasta-se no encontrar de respostas. Afunda-se nas incertezas e nas contradições.
Pela primeira vez, o cordão emocional de Marcelo e Costa com os portugueses falhou. Com estrondo. É a partir daqui que vamos partir para a segunda fase deste poder.
Excertos do artigo de Ricardo Costa, Ji
A emoção explica mais do que em qualquer outro tempo a força do carisma, a legitimação da autoridade e a credibilização dos argumentos.
Ninguém tem tempo nem estofo nem capacidade para analisar, ajuizar e concluir sobre as milhares de questões técnicas, especializadas e complexas que a política gere e decide. Ninguém compreende os discursos e os debates a não ser pela clareza e pela convicção. E pela emoção de estar vinculado. E pela confiança que a relação emocional gera nos governados. Confia-se pela relação emotiva que se estabelece tacitamente com quem nos governa e nos guia. Acredita-se pela fidúcia de que o Estado e as suas ramificações estão concentrados no preenchimento das funções que nos possibilitam e garantem um modo de vida e uma gravidade de segurança.
Pois bem. Mais do que qualquer outro no passado recente, o poder que Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa implementaram funda-se justamente nessa linha transversal – ligar o país emocionalmente à sua presença e à sua conduta. De “afeto” e de “otimismo”.
Digerir uma tragédia como a de Pedrógão Grande é o grande teste desde poder bifronte. Nada será como antes.
A estratégia de comunicação “controladora” falhou, pois partiu para o terreno com premissas falsas ou desconhecidas e terrivelmente desmentidas pelas horas seguintes de horror e colapso. Neste mundo em que vivemos, a verdade, se diferente da “realidade”, vira-se sempre contra os mensageiros. E a verdade era de grande violência, convenhamos. Verdade feita de morte dolorosa, que é vivida com grande impacto coletivo, com maior ou menor dimensão. Esta foi nacional. Perdura. Arrasta-se no encontrar de respostas. Afunda-se nas incertezas e nas contradições.
Pela primeira vez, o cordão emocional de Marcelo e Costa com os portugueses falhou. Com estrondo. É a partir daqui que vamos partir para a segunda fase deste poder.
Excertos do artigo de Ricardo Costa, Ji
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Notícias Soltas
*Ministro da Defesa. Roubo em Tancos é "grave
*CGD. Primeiras conclusões conhecidas na 2ª feira
*Palavras do Governo: amor e enganos
*Morais Pires está na lista do 'saco azul' do GES
*Granadeiro diz que vendeu herdade por 15,7 milhões
*Fraude fiscal: Mendes alega nunca ter assessorado jogadores em matéria fiscal
*Alguns precários podem perder salário, admite o Govern
*“Estamos no século XXI e usamos uma contabilidade pública anterior ao Marquês de Pombal”
*CGD. Primeiras conclusões conhecidas na 2ª feira
*Palavras do Governo: amor e enganos
*Morais Pires está na lista do 'saco azul' do GES
*Granadeiro diz que vendeu herdade por 15,7 milhões
*Fraude fiscal: Mendes alega nunca ter assessorado jogadores em matéria fiscal
*Alguns precários podem perder salário, admite o Govern
*“Estamos no século XXI e usamos uma contabilidade pública anterior ao Marquês de Pombal”
Quando Toda A Energia Do Governo É Em Última Análise Canalizada Para A Manutenção Do Seu Apoio, É Fatal ...
... Que o Estado se degrade e a pouco e pouco, se fragmente, se transforme em algo para inglês ver.
Não sei se há outras línguas que possuam, como a nossa, uma expressão como “para inglês ver”. Por mim, não me lembro de nenhuma. Mas é verdade que em Portugal cai às mil maravilhas. Sob o olhar do outro, do estrangeiro, vamos fingir que tudo corre como deve ser, civilizada e ordeiramente. Respeitamo-nos uns aos outros impecavelmente e cumprimos a lei. Mas saindo para fora do campo do olhar alheio tudo muda. O respeito e o resto eram ludíbrio e cada um se desenvencilha como pode, sacudindo, se a situação o reclamar, a água do seu capote. Vai-se ver e era tudo para inglês ver. Um artifício.
O problema é que às vezes o reino das aparências se desmorona às claras, aos olhos de todos. Nestes dias posteriores à tragédia de Pedrógão Grande viu-se isso na perfeição. (continuar a ler)
Não sei se há outras línguas que possuam, como a nossa, uma expressão como “para inglês ver”. Por mim, não me lembro de nenhuma. Mas é verdade que em Portugal cai às mil maravilhas. Sob o olhar do outro, do estrangeiro, vamos fingir que tudo corre como deve ser, civilizada e ordeiramente. Respeitamo-nos uns aos outros impecavelmente e cumprimos a lei. Mas saindo para fora do campo do olhar alheio tudo muda. O respeito e o resto eram ludíbrio e cada um se desenvencilha como pode, sacudindo, se a situação o reclamar, a água do seu capote. Vai-se ver e era tudo para inglês ver. Um artifício.
O problema é que às vezes o reino das aparências se desmorona às claras, aos olhos de todos. Nestes dias posteriores à tragédia de Pedrógão Grande viu-se isso na perfeição. (continuar a ler)
Imaginar ...
Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos, queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos.
Bernard Shaw
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Notícias Soltas
- Medina propõe medida que chumbou há sete meses
- SNS sem capacidade de resposta para a população
- Obras. Procjetos deficientes explicam alterações
- Paliativos deixam de pagar taxas moderadoras
- Precários do Estado: 19 mil pediram regularização
- Deco defende compensação para quem faz reciclagem
- Polícias manifestam-se esta quarta-feira
- Portugal já pode iniciar reembolso antecipado ao FMI
- Costa admite nova revisão do contrato com SIRESP
Porque Razão O Homem Após A Década De 70 Do século XX Não Voltou À Lua ?
A pergunta pode ter várias respostas. Entre as quais, aquela que comporta um argumento financeiro - os muitos milhões de dólares envolvidos numa missão deste tipo. Mas também têm sido invocados o desinteresse científico pelo astro ou o fim da corrida espacial que nos anos de 1960 foi protagonizada por norte-americanos e russos.
Há, todavia, uma resposta pouco explorada. Sabia que a superfície lunar, é composta na sua maioria por rochas e poeira?
Trata-se da poeira cinzenta, com origem na decomposição rochosa do solo lunar, que ao longo dos séculos se acumulou na superfície do satélite natural e que, por acção do tempo, da radiação, da falta de humidade e fraca gravidade se tornou um elemento muito fino e afiado. Segundo os cientistas da NASA, os astronautas que passaram pela Lua traziam nos fatos esse composto: um pó muito fino que se entranhava no equipamento e que com o tempo se tornava incómodo e desgastava os próprios tecidos, bem como as botas em contacto directo com o solo.
Uma ruptura nos fatos dos astronautas significaria a morte, por causa da ausência de oxigénio. Quem já foi a um dos vários museus espaciais dos Estados Unidos certamente não perdeu a oportunidade de ver um verdadeiro fato lunar, usado numa das missões Apollo. Fatos que se apresentam sujos, empoeirados, e que mostram o quão desafiador é o ambiente lunar.
Têm sido realizados vários testes em pedaços da camada exterior de um fato espacial. Em condições laboratoriais, o sistema consegue repelir mais de 85 por cento do pó lunar simulado. O próximo passo será provar que este conceito funciona em porções maiores num fato completo, diz Manyapu.
Solo marciano igual ao da Lua?
Sabe-se que há um problema com a poeira lunar, mas será que em Marte os astronautas vão encontrar dificuldades análogas? Uma missão a Marte comporta mais riscos do que uma viagem à Lua. Se uma viagem tripulada Terra-Lua-Terra demora em média uma semana, já para Marte vai ser preciso cerca de um ano, entre ida e regresso. Se o solo marciano apresentar as mesmas características da Lua, os astronautas precisariam de um vasto guarda-roupa, ou de um equipamento previamente preparado para essa eventualidade. A NASA ainda espera para enviar seres humanos a Marte. Todo o plano foi já criticado por não estar a ser colocado dinheiro suficiente no projecto, tal como a promessa da realização do voo tripulado no tempo previsto, em meados de 2030.
Estudantes do Departamento de Física na Universidade de Dakota do Norte explicam que ainda estão a investigar que tipo de poeira existe em Marte.
Fonte: RTP
Há, todavia, uma resposta pouco explorada. Sabia que a superfície lunar, é composta na sua maioria por rochas e poeira?
Trata-se da poeira cinzenta, com origem na decomposição rochosa do solo lunar, que ao longo dos séculos se acumulou na superfície do satélite natural e que, por acção do tempo, da radiação, da falta de humidade e fraca gravidade se tornou um elemento muito fino e afiado. Segundo os cientistas da NASA, os astronautas que passaram pela Lua traziam nos fatos esse composto: um pó muito fino que se entranhava no equipamento e que com o tempo se tornava incómodo e desgastava os próprios tecidos, bem como as botas em contacto directo com o solo.
Crédito: NASA |
Têm sido realizados vários testes em pedaços da camada exterior de um fato espacial. Em condições laboratoriais, o sistema consegue repelir mais de 85 por cento do pó lunar simulado. O próximo passo será provar que este conceito funciona em porções maiores num fato completo, diz Manyapu.
Solo marciano igual ao da Lua?
Sabe-se que há um problema com a poeira lunar, mas será que em Marte os astronautas vão encontrar dificuldades análogas? Uma missão a Marte comporta mais riscos do que uma viagem à Lua. Se uma viagem tripulada Terra-Lua-Terra demora em média uma semana, já para Marte vai ser preciso cerca de um ano, entre ida e regresso. Se o solo marciano apresentar as mesmas características da Lua, os astronautas precisariam de um vasto guarda-roupa, ou de um equipamento previamente preparado para essa eventualidade. A NASA ainda espera para enviar seres humanos a Marte. Todo o plano foi já criticado por não estar a ser colocado dinheiro suficiente no projecto, tal como a promessa da realização do voo tripulado no tempo previsto, em meados de 2030.
Estudantes do Departamento de Física na Universidade de Dakota do Norte explicam que ainda estão a investigar que tipo de poeira existe em Marte.
Fonte: RTP
terça-feira, 27 de junho de 2017
Notícias Soltas
*Pedrógão Grande: SIRESP garante que não houve falhas
*Ataque cibernético na Ucrânia alastrou-se pela Europa (e já chegou a Espanha)
*Funcionários da Segurança Social detidos em esquema de legalização de imigrantes
*Oeiras e Setúbal falham reporte orçamental desde o início de 2017
*Cientistas do Porto inventam máquina que lava loiça em seis minutos
*Salesianos de Lisboa investigados por fuga do exame nacional de Português
*Ataque cibernético na Ucrânia alastrou-se pela Europa (e já chegou a Espanha)
*Funcionários da Segurança Social detidos em esquema de legalização de imigrantes
*Oeiras e Setúbal falham reporte orçamental desde o início de 2017
*Cientistas do Porto inventam máquina que lava loiça em seis minutos
*Salesianos de Lisboa investigados por fuga do exame nacional de Português
Dói Tudo, Mas Em Especial Ofende O Martírio, O Calvário Em Que Ficaram Tantas Pessoas
Foto do OBSR |
A nudez material e emocional das vítimas choca, especialmente por sabermos das contradições e incoerências que imperam na gestão dos dinheiros públicos. Por um lado a disputa anual dos ministros pelas verbas do Orçamento do Estado é um clássico eterno, por outro a única coisa que sabemos sobre a proposta para este ano é que há uma previsão de despesa na ordem dos 211 milhões de euros para a protecção civil e incêndios, mas ninguém sabe ao certo como será distribuído este dinheiro. Ou seja, ninguém nos garante que a aposta seja a prevenção, em vez de acabarmos a gastar a maior fatia no combate aos fogos. Quanto ao Fundo Florestal Permanente, também não se sabe quanto há, para quê.
O tempo, qualquer tempo, seja de facilidade ou adversidade, também tem que ser um tempo de oportunidade. Oportunidade para repensar estratégias no sentido de fazer mais e melhor; oportunidade para agilizar processos; oportunidade para averiguar causas, reordenar prioridades e canalizar verbas. O nosso dinheiro tem que ser criteriosamente gasto com quem necessita, em tempo útil, sem demoras desnecessárias.
Assim como a luz traz sempre consigo uma sombra, também a sombra é indissociável da luz. Uma não existe sem a outra e pensei nisto quando me deparei com a história do homem que perdeu os seus quatro primos da sua idade. E quando vi como o fogo e a dor por todas as perdas extenuaram os olhos dos sobreviventes que vamos conhecendo. Todos têm os olhos carregados de sombras, mas está nas nossas mãos ajudá-los a acreditar que voltarão a ver luz.
Excertos do artigo de Laura Alves, hoje no OBSR
O Amanhecer... Doutra Era ?
É impossível que o tempo actual não seja o amanhecer doutra era, onde os homens signifiquem apenas um instinto às ordens da primeira solicitação. Tudo quanto era coerência, dignidade, hombridade, respeito humano, foi-se. Os dois ou três casos pessoais que conheço do século passado, levam-me a concluir que era uma gente naturalmente cheia de limitações, mas digna, direita, capaz de repetir no fim da vida a palavra com que se comprometera no início dela. Além disso heróica nas suas dores, sofrendo-as ao mesmo tempo com a tristeza do animal e a grandeza da pessoa. Agora é esta ferocidade que se vê, esta coragem que não dá para deixar abrir um panarício (...) sem anestesia, esta tartufice, que a gente chega a perguntar que diferença haverá entre uma humanidade que é daqui, dali, de acolá, conforme a brisa, e uma colónia de bichos que sentem a humidade ou o cheiro do alimento de certo lado, e não têm mais nenhuma hesitação nem mais nenhum entrave.
Miguel Torga
Miguel Torga
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Notícias Soltas
*Pedrógão. Militares da GNR denunciam falta de meios
*Brexit. Cidadãos da UE a viver no Reino Unido vão ter de se candidatar a BI especial
*Incêndio em Espanha já está dominado
*Pedrógão. Número de casas destruídas pode chegar às 150
*Interesse da Altice na TVI é moda nas telecom mundiais
*Supremo aceita parte da ordem de Trump para proibir entrada de muçulmanos
* Isto não pode acontecer: Um avião da TAP Express, operado pela White Airways, com mais de 70 passageiros, cruzou-se hoje de noite com um 'drone' a 900 metros de altitude, na aproximação ao Aeroporto de Lisboa
*Brexit. Cidadãos da UE a viver no Reino Unido vão ter de se candidatar a BI especial
*Incêndio em Espanha já está dominado
*Pedrógão. Número de casas destruídas pode chegar às 150
*Interesse da Altice na TVI é moda nas telecom mundiais
*Supremo aceita parte da ordem de Trump para proibir entrada de muçulmanos
* Isto não pode acontecer: Um avião da TAP Express, operado pela White Airways, com mais de 70 passageiros, cruzou-se hoje de noite com um 'drone' a 900 metros de altitude, na aproximação ao Aeroporto de Lisboa
Esta É A Frase
Bem pode, agora, exigir rápidas explicações. Será difícil eliminar a impressão inicial. A reacção a este desastre sem paralelo deve levar o presidente a ser mais ponderado em situações de particular gravidade. É uma obrigação democrática.
Carlos Rodrigues, CM
Convento de S. Paulo De Alferrara Em Setúbal Já Abriu Parcialmente Reabilitado
O Convento de S. Paulo de Alferrara, monumento construído em 1383, situado na Quinta de S. Paulo, na Serra da Arrábida, já reabriu, parcialmente reabilitado.
O convento integra o património da antiga Quinta de S. Paulo, que é hoje propriedade da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), fica agora disponível para visitas da comunidade, sujeitas a marcação.
A reabertura teve lugar na quinta-feira, ao final do dia, numa cerimónia que juntou algumas dezenas de pessoas e que incluiu uma visita pela área já restaurada, designadamente o claustro, a nave da igreja e o antigo refeitório e respectiva cozinha. No refeitório nasceu uma grande sala de reuniões, com uma soberba vista sobre a encosta da serra.
Rui Garcia, presidente do conselho directivo da AMRS acrescentou que a reabilitação não está “nem a meio caminho”, mas assegurou que o processo já é “imparável”. “Estamos próximos das eleições, outros dirigentes virão para a AMRS, mas creio que já ninguém vai parar este processo, porque é o caminho certo”, disse o autarca.
Fonte: Diário da Região
O convento integra o património da antiga Quinta de S. Paulo, que é hoje propriedade da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), fica agora disponível para visitas da comunidade, sujeitas a marcação.
A reabertura teve lugar na quinta-feira, ao final do dia, numa cerimónia que juntou algumas dezenas de pessoas e que incluiu uma visita pela área já restaurada, designadamente o claustro, a nave da igreja e o antigo refeitório e respectiva cozinha. No refeitório nasceu uma grande sala de reuniões, com uma soberba vista sobre a encosta da serra.
Rui Garcia, presidente do conselho directivo da AMRS acrescentou que a reabilitação não está “nem a meio caminho”, mas assegurou que o processo já é “imparável”. “Estamos próximos das eleições, outros dirigentes virão para a AMRS, mas creio que já ninguém vai parar este processo, porque é o caminho certo”, disse o autarca.
Fonte: Diário da Região
O Saber
O saber humano reside na intercomunicação entre o imaginário e o real, o lógico e o afectivo, o especulativo e o existencial, o inconsciente e o consciente, o sujeito e o objecto, devido à hipercomplexidade cerebral da consciência.
Edgar Morin, no “O Paradigma perdido- a natureza humana”
Edgar Morin, no “O Paradigma perdido- a natureza humana”
domingo, 25 de junho de 2017
Notícias Soltas
*Tiago Monteiro em segundo lugar na primeira corrida WTCC em Vila Real
*Governo não cede e mantém concurso para eucaliptos
*Pedrógão Grande: Presidente pede "convergências entre partidos políticos
Ventos De Mudança
Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.
Érico Veríssimo
Érico Veríssimo
sábado, 24 de junho de 2017
Notícias Soltas
Uma Entrevista Imaginária Com Um Governo Demasiado Real
Senhor primeiro-ministro, passou uma semana depois da tragédia. De quantos desaparecidos falamos?
– Não faço ideia. - Senhor PM, as casas daquela região foram saqueadas com impunidade. O que fez para impedir tais actos?
- Nada de nada.
- Senhor PM, os corpos estão num camião de transporte de alimentos porque a viatura da Protecção Civil não tem a refrigeração a funcionar. Comentário?
- Nenhum.
- Senhor PM, um bombeiro ferido demorou dez horas a receber assistência médica. Comentário?
- Ver a resposta anterior.
- Senhor PM, é possível fazer num mês a reforma florestal que o senhor anuncia há dez anos?
- Não, mas vamos fazer de conta que sim.
- Senhor PM, quem é ‘Sebastião Pereira’ do ‘El Mundo’?
- Garanto-lhe que tudo está a ser feito, por mim e pelos meus jornalistas, para identificar o personagem.
João Pereira Coutinho, CM
– Não faço ideia. - Senhor PM, as casas daquela região foram saqueadas com impunidade. O que fez para impedir tais actos?
- Nada de nada.
- Senhor PM, os corpos estão num camião de transporte de alimentos porque a viatura da Protecção Civil não tem a refrigeração a funcionar. Comentário?
- Nenhum.
- Senhor PM, um bombeiro ferido demorou dez horas a receber assistência médica. Comentário?
- Ver a resposta anterior.
- Senhor PM, é possível fazer num mês a reforma florestal que o senhor anuncia há dez anos?
- Não, mas vamos fazer de conta que sim.
- Senhor PM, quem é ‘Sebastião Pereira’ do ‘El Mundo’?
- Garanto-lhe que tudo está a ser feito, por mim e pelos meus jornalistas, para identificar o personagem.
João Pereira Coutinho, CM
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Noite De São João
S. João Bap tista é o p adroeiro da cidade do Porto e em sua honra, na noite de 23 de Junho, realiza-se uma grande festa de p uro cariz popular, nos bairros, as tradicionais fogueiras de S.João e as cascatas São Joaninas não podem faltar.
Cascatas São Joaninas |
As sardinhas no São João pingam no pão e não faltam nos arrais .
MAS ...
Se o povo não se precata,
Nem São João vai ficar,
Que os santinhos da cascata
'Stão todos a emigrar.
Poeta de Veludo
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Notícias Soltas
- A pé, de carro ou em casa: saiba o que fazer perante um incêndio
- A surpreendente desorientação de António Costa
- E ao sexto dia, o verniz estalou
- Uma muralha nos negócios da China
- Popular, o banco que era um exemplo… até no Santanderde humor
- Banco Central Europeu (BCE) alertou para o risco de um “efeito bola de neve” na dívida pública portuguesa.
- Portugal contratou cartel espanhol para combater fogos (a pagar três vezes mais)
A Afinidade Não É O Mais Brilhante, Mas O Mais Sutil , ...
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente (...)
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
(...)
Arthur da Távola
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Luís Miguel C. Pizarro Beleza (1950-2017)
Miguel Beleza, economista e ex-ministro das Finanças, morreu ao início da noite desta quinta-feira, em casa, avança o Correio da Manhã. Beleza tinha 67 anos.
Miguel Beleza, economista e ex-ministro das Finanças, morreu ao início da noite desta quinta-feira, em casa, vítima de uma paragem cardiorrespiratória. Beleza tinha 67 anos. De acordo com o Correio da Manhã, que começou por avançar a notícia, o ex-governante ainda terá sido assistido em casa pelo INEM, acabando porém por morrer. A notícia foi confirmada à Agência Lusa por fonte próxima da família.
Irmão de Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde e presidente da Fundação Champalimaud, Beleza ocupou altos cargos durante o período do cavaquismo, tendo sido ministro das Finanças entre 1990 e 1991 e governador do Banco de Portugal entre 1992 e 94.
Miguel Beleza, economista e ex-ministro das Finanças, morreu ao início da noite desta quinta-feira, em casa, vítima de uma paragem cardiorrespiratória. Beleza tinha 67 anos. De acordo com o Correio da Manhã, que começou por avançar a notícia, o ex-governante ainda terá sido assistido em casa pelo INEM, acabando porém por morrer. A notícia foi confirmada à Agência Lusa por fonte próxima da família.
Irmão de Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde e presidente da Fundação Champalimaud, Beleza ocupou altos cargos durante o período do cavaquismo, tendo sido ministro das Finanças entre 1990 e 1991 e governador do Banco de Portugal entre 1992 e 94.
Notícias Soltas
*Lesados do BES/GES entregaram hoje petição no Parlamento
*FESAP contra “norma cega” que exige três anos para entrada nos quadros
*CEOs mundiais estão optimistas em relação aos próximos três anos
*STE recusa “retrocesso salarial” na integração de precários no Estado
*Queda de grua na Av. António Augusto Aguiar corta trânsito
*Capital ou Invicta? Afinal, Agência de Medicamentos pode ir para Lille
*Museu dos Falhanços: Trump e a sua versão do Monopólio já lá estão
*Terceiro dia de desvalorizações na praça lisboeta
*Deputados discutem sexta-feira solução para lesados do BES
*Um filme de terror chamado SIRESP
*Pierre Moscovici critica estratégias fiscais de futebolistas
*Há 100 mil precários. Porque só 20 mil pediram para entrar?
*FESAP contra “norma cega” que exige três anos para entrada nos quadros
*CEOs mundiais estão optimistas em relação aos próximos três anos
*STE recusa “retrocesso salarial” na integração de precários no Estado
*Queda de grua na Av. António Augusto Aguiar corta trânsito
*Capital ou Invicta? Afinal, Agência de Medicamentos pode ir para Lille
*Museu dos Falhanços: Trump e a sua versão do Monopólio já lá estão
*Terceiro dia de desvalorizações na praça lisboeta
*Deputados discutem sexta-feira solução para lesados do BES
*Um filme de terror chamado SIRESP
*Pierre Moscovici critica estratégias fiscais de futebolistas
*Há 100 mil precários. Porque só 20 mil pediram para entrar?
El Mundo: 'Desastrosa Gestão Da Tragédia Pode Por Fim À carreira Política Do Primeiro-ministro António Costa'
O jornal diz que a "desastrosa gestão da tragédia pode pôr fim à carreira política do primeiro-ministro, António Costa".
"Caos no maior incêndio da história de Portugal: 64 mortos, um avião-fantasma e 27 aldeias evacuadas." É desta forma que o jornal ‘El Mundo’ sintetiza a situação dos fogos que têm devastado o Centro do País desde sábado. Entre críticas à "gestão desastrosa da tragédia", o diário espanhol destaca que esta situação "pode pôr fim à carreira política de António Costa".
"A evidente falta de coordenação entre as autoridades, tanto a nível dos trabalhos de extinção, como da comunicação com os media, provocou uma enxurrada de críticas à gestão do desastre por parte do Governo do primeiro-ministro António Costa, e em particular da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, a menos de quatro meses das eleições legislativas [queriam, certamente, escrever autárquicas] em Portugal", refere o ‘El Mundo’.
A reportagem ataca também o episódio dos bombeiros da Galiza impedidos de ajudar pela ministra da Administração Interna: "De forma inexplicável, ao mesmo tempo que o incêndio se expandia e os bombeiros lusos reconheciam estar a ser derrotados pelas condições do terreno, Urbano de Sousa vetava a entrada de uma coluna de 60 bombeiros galegos no território português".(Fonte: CM)
O Estado Fracassou Em Portugal Nas Suas Funções Mais Básicas. Agora Não Podemos Passar Da Tragédia À Farsa
Pedir desculpa em Portugal é só para os culpados, e portanto é visto como admitir culpa. Por isso, os nossos sábios políticos nunca pedem desculpa. Mas pedir desculpa, como Theresa May fez, não é reconhecer culpas: é reconhecer responsabilidades.
O fogo não foi posto pelo presidente da república nem pelo primeiro-ministro. Mas foi sob a presidência de um e o governo de outro que a tragédia aconteceu. Quem estava à frente do Estado, tem responsabilidade, mesmo quando não tem culpa. Pedir desculpa às vítimas, às suas famílias e às suas comunidades em nome do Estado seria assumir essa responsabilidade, seria dizer: estamos aqui para vos proteger, não conseguimos, vamos perceber porquê, mas desde já pedimos-vos desculpa.
O Estado fracassou em Portugal nas suas funções mais básicas. Agora, não podemos passar da tragédia à farsa. Todos sabemos que os inquéritos, como todos os inquéritos, não vão apurar nada. Todos sabemos que novas leis feitas à pressa, como todas as leis apressadas, não vão mudar nada. O reconhecimento da responsabilidade constituiria talvez, dados os precedentes, a única mudança possível: pela primeira vez na sua história, o Estado em Portugal reconheceria não ter estado à altura da confiança que os cidadãos tinham depositado nele. Para isso, claro, seria preciso coragem.
Haverá essa coragem? Sr. Presidente? Sr. Primeiro-Ministro? Vão ter coragem de pedir desculpa, em nome do Estado, pelas vidas perdidas, pelas famílias destruídas, pelas comunidades atormentadas enquanto os senhores ocupavam os primeiros lugares do Estado?
Fonte: Rui Ramos,'Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, peçam desculpa !'
O fogo não foi posto pelo presidente da república nem pelo primeiro-ministro. Mas foi sob a presidência de um e o governo de outro que a tragédia aconteceu. Quem estava à frente do Estado, tem responsabilidade, mesmo quando não tem culpa. Pedir desculpa às vítimas, às suas famílias e às suas comunidades em nome do Estado seria assumir essa responsabilidade, seria dizer: estamos aqui para vos proteger, não conseguimos, vamos perceber porquê, mas desde já pedimos-vos desculpa.
O Estado fracassou em Portugal nas suas funções mais básicas. Agora, não podemos passar da tragédia à farsa. Todos sabemos que os inquéritos, como todos os inquéritos, não vão apurar nada. Todos sabemos que novas leis feitas à pressa, como todas as leis apressadas, não vão mudar nada. O reconhecimento da responsabilidade constituiria talvez, dados os precedentes, a única mudança possível: pela primeira vez na sua história, o Estado em Portugal reconheceria não ter estado à altura da confiança que os cidadãos tinham depositado nele. Para isso, claro, seria preciso coragem.
Haverá essa coragem? Sr. Presidente? Sr. Primeiro-Ministro? Vão ter coragem de pedir desculpa, em nome do Estado, pelas vidas perdidas, pelas famílias destruídas, pelas comunidades atormentadas enquanto os senhores ocupavam os primeiros lugares do Estado?
Fonte: Rui Ramos,'Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, peçam desculpa !'
Sentimento ...
Não digas de nenhum sentimento que é pequeno ou indigno. Não vivemos de outra coisa que dos nossos pobres, formosos e magníficos sentimentos, e contra cada um que cometermos uma injustiça é uma estrela que apagamos.
Hermann Hesse
Hermann Hesse
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Solstício De Verão 2017
O solstício de 21 de Junho marca o primeiro dia de verão no hemisfério norte (e de inverno no hemisfério sul), com o maior número de horas de luz solar do ano.
Em termos científicos, o solstício de verão consiste no momento em que o hemisfério norte da Terra está mais directamente virado para o Sol, com os pólo norte inclinado em direcção à estrela a cerca de 23,5 graus.
A palavra "solstício" advém de duas palavras latinas "sol" e "sistere" que significam "Sol parado", uma vez que nos dias em antes e depois do solstício de verão, o Sol parece manter-se à mesma altura no meio-dia e pôr-se e nascer no mesmo ponto em relação ao horizonte.
Leia algumas curiosidades sobre o Solstício de Verão
Em termos científicos, o solstício de verão consiste no momento em que o hemisfério norte da Terra está mais directamente virado para o Sol, com os pólo norte inclinado em direcção à estrela a cerca de 23,5 graus.
A palavra "solstício" advém de duas palavras latinas "sol" e "sistere" que significam "Sol parado", uma vez que nos dias em antes e depois do solstício de verão, o Sol parece manter-se à mesma altura no meio-dia e pôr-se e nascer no mesmo ponto em relação ao horizonte.
Leia algumas curiosidades sobre o Solstício de Verão
A Bandalheira ...
... Que Assusta!
* Uma gravação áudio de uma suposta aluna, que circulou na rede WhatsApp alguns dias antes do exame de Português que se realizou na segunda-feira, levou o Instituto de Avaliação Educativa (Iave) a abrir uma investigação. Nessa gravação é descrito parte do conteúdo que sairia na prova nacional.
(continuar a ler aqui).
*Ao contrário do que foi anteriormente afirmado pelas 'autoridades competentes', o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, acredita que o incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande teve "mão criminosa". Marta Soares recorda, numa entrevista, que o fogo já estaria activo duas horas antes da altura em que ocorreu a trovoada seca e garante que a Liga vai exigir saber o que aconteceu neste caso.
* Uma gravação áudio de uma suposta aluna, que circulou na rede WhatsApp alguns dias antes do exame de Português que se realizou na segunda-feira, levou o Instituto de Avaliação Educativa (Iave) a abrir uma investigação. Nessa gravação é descrito parte do conteúdo que sairia na prova nacional.
(continuar a ler aqui).
*Ao contrário do que foi anteriormente afirmado pelas 'autoridades competentes', o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, acredita que o incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande teve "mão criminosa". Marta Soares recorda, numa entrevista, que o fogo já estaria activo duas horas antes da altura em que ocorreu a trovoada seca e garante que a Liga vai exigir saber o que aconteceu neste caso.
Esta É A Frase
As imagens de Pedrógão Grande são imagens de guerra. A natureza responde violentamente ao abandono a que foi votada. Não temos floresta, mas campos de batalha. Os interesses mesquinhos paralisam a capacidade de decisão. As leis ficam por aplicar. Os incêndios são uma vergonha. Sinal de um país incapaz de habitar pacífica e ordeiramente o seu território. As florestas que ardem representam o que já sabemos, nos planos social, económico e ambiental. Mas só quando formos capazes de o assumir como um problema de segurança e defesa nacional, mobilizando os meios excecionais para impor o interesse público, é que poderemos ter alguma esperança de sair desta maldição de que somos inteiramente responsáveis.
Viriato Soromenho Marques, DN
Viriato Soromenho Marques, DN
terça-feira, 20 de junho de 2017
Jornal Galego Diz Que Portugal Recusou Ajuda (act.)
Reprodução YouTube El Correo Gallego |
Foi uma sensação agridoce. Estavamos conscientes da situação que se estava a passar em Portugal, estavamos preparados para intervir e ajudar e por uma questão burocrática impediram-nos de ir lutar contra um problema grave que acabou com tantas vidas", lamentou ao El Correo Gallego um dos 60 bombeiros espanhóis que, segundo o jornal, foram travados em Valença do Minho por falta de autorização do governo português.
De acordo com a notícia no site da publicação, o argumento das autoridades portuguesas foi a falta de capacidade para organizar tanta gente. "Estamos sobrecarregados e não podemos permitir que passe mais ajuda", terá sido a resposta.
A comitiva espanhola foi reunida "em menos de dez horas" durante a noite de domingo para segunda e incluia dois camiões-cisterna com capacidade para 30 mil litros de água cada um.
"Foram minutos de tensão" na fronteira, escreve o jornal galego, que cita outro bombeiro: "Se não nos queriam na primeira linha, podíamos ajudar muito nos trabalhos do pós-incêndio".
Fonte: Visão
A desculpa esfarrapada da ministra Constança Urbano de Sousa: “Por vezes há pessoas com excesso de voluntarismo que podem querer empenhar-se sem ter qualquer tipo de enquadramento.” É assim que a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, responde à notícia avançada pelo El Correo Galego
A desculpa esfarrapada da ministra Constança Urbano de Sousa: “Por vezes há pessoas com excesso de voluntarismo que podem querer empenhar-se sem ter qualquer tipo de enquadramento.” É assim que a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, responde à notícia avançada pelo El Correo Galego
Fogo Alastra A Góis
As elevadas temperaturas e vento forte estão a provocar o alastramento do incêndio que lavra no concelho de Góis e que já obrigou à evacuação de três aldeias, originando ainda a retirada de 56 idosos de um lar.a
Actualização:em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Góis, precisou que as aldeias já evacuadas são as de Cadafaz, Sandinha, Candosa, Capelo, Corterredor, Cabreira, Aldeia Velha, Candosa, Carvalhal do Sapo, Tarrastal e de Folgosa.
Fogo volta a alastrar em Pedrógão Grande e meios aéreos estão a regressar. Número de feridos passa a 160.
Fogo volta a alastrar em Pedrógão Grande e meios aéreos estão a regressar. Número de feridos passa a 160.
Fonte: DN
A Nossa Vida Sem Ideais Nenhuns, Toda Quotidiana ...
A nossa vida sem ideais nenhuns, toda quotidiana, quer no presente quer pelo pensamento do futuro. Perdendo a religião, nada reavemos para a substituir; nem arte, porque a arte é, como religião, para muito poucos; nem ciência, que é para menos ainda, nem filosofia, que é para quase nenhuns.
Não me refiro à conducta mas a ideais. Uma sociedade nunca pode ser grande nem pura sem ideais, porque na moral que nasce (...), na moral para uso quotidiano e de quotidiana origem, caberá uma certa decência, uma honestidade (...), razoáveis instintos humanitários, mas não uma nobreza de qualquer espécie, não uma grandeza de carácter. E o ponto importante é este. O ideal é a vida; vamos perdendo o ideal, e a nossa vitalidade vai diminuindo tristemente (…)
Fernando Pessoa
sd
Pessoa por Conhecer
Não me refiro à conducta mas a ideais. Uma sociedade nunca pode ser grande nem pura sem ideais, porque na moral que nasce (...), na moral para uso quotidiano e de quotidiana origem, caberá uma certa decência, uma honestidade (...), razoáveis instintos humanitários, mas não uma nobreza de qualquer espécie, não uma grandeza de carácter. E o ponto importante é este. O ideal é a vida; vamos perdendo o ideal, e a nossa vitalidade vai diminuindo tristemente (…)
Fernando Pessoa
sd
Pessoa por Conhecer
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Notícias Soltas
- Incêndio de Pedrógão dobrou a área ardida desde o início do ano
- ERC abre processo sobre cobertura da TVI aos incêndios de Pedrogão Grande
- União Europeia poderá comparticipar até 95% da reconstrução em Pedrógão Grande
- Incêndio de Pedrógão dobrou a área ardida desde o início do ano
- ERC abre processo sobre cobertura da TVI aos incêndios de Pedrogão Grande
- Mercados festejam com Macron reforço do poder em França
- 70% do incêndio está dominado, mas o que resta inspira preocupação, revelou o comandante operacional
Responsabilidade? Só Para As Boas Notícias ?
Não se pode andar a dar lições sobre o aquecimento global, e depois não conseguir sequer dar uma impressão de previsão e de controle perante um fenómeno que se repete todos os anos, nas mesmas condições, como são os fogos florestais. É nestes casos que o vazio de liderança política em Portugal, disfarçado pelo preenchimento regular dos cargos, se torna óbvio. É também nestes casos que fica à mostra a fragilidade extrema do país artificial do optimismo e das boas notícias.
O fogo de Pedrógão-Grande pode ter tido as origens mais extraordinárias, mas ocorreu numa região, numa época do ano e num contexto meteorológico em que os incêndios florestais não são extraordinários. É difícil, por isso, não admitir a hipótese de ter havido uma falha da protecção civil. Não se previu o risco de incêndio florestal, não se pôs a população em alerta para a possibilidade do fogo, não se prepararam meios para uma eventualidade, e quando o incêndio rebentou, não se tomaram todas as providências, como, por exemplo, controlar a circulação automóvel. Ao contrário do que disse o Presidente da República, não parece ter-se feito tudo o que se pôde.
Rui Ramos, OBSR
O fogo de Pedrógão-Grande pode ter tido as origens mais extraordinárias, mas ocorreu numa região, numa época do ano e num contexto meteorológico em que os incêndios florestais não são extraordinários. É difícil, por isso, não admitir a hipótese de ter havido uma falha da protecção civil. Não se previu o risco de incêndio florestal, não se pôs a população em alerta para a possibilidade do fogo, não se prepararam meios para uma eventualidade, e quando o incêndio rebentou, não se tomaram todas as providências, como, por exemplo, controlar a circulação automóvel. Ao contrário do que disse o Presidente da República, não parece ter-se feito tudo o que se pôde.
Rui Ramos, OBSR
Verdade ...
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os dois meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram a um lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em duas metades,
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
As duas eram totalmente belas.
Mas carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 18 de junho de 2017
Várias Casas Do Concelho De Alvaiázere Encontram-se Ameaçadas Pelo Incêndio
Em declarações à agência Lusa, cerca das 21:00, Célia Marques contou que "a situação agravou-se consideravelmente" desde o final da tarde, quando o fogo parecia estar controlado, acrescentando que a "situação é caótica" e que, neste momento, "há casas em risco".
Os habitantes das localidades da Tapada, Casal Agostinho Alves e Relvas estão a ser retirados e encaminhados numa carrinha para a sede da Casa do Povo da freguesia, que fica numa zona mais urbana e segura.
A presidente da Câmara de Alvaiázere explicou que o incêndio agravou-se, também pelo facto de já não haver meios aéreos a operar, acrescentado que há também dificuldades ao nível das comunicações. (Lusa)
O Inferno continua. A indignação cresce perante esta situação de completa falência do modelo actual de prevenção e combate aos incêndios! Todo o sistema tem de ser questionado! Para que serve toda uma megaestrutura de Proteção Civil, com meios de comunicação caríssimos, se não conseguem, sequer, manter em segurança os cidadãos que transitam nas estradas?
A Tragédia Em Pedrógão Grande
O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande neste sábado provocou até ao momento 61 mortos, todos civis, e 57 feridos, de acordo com o balanço oficial divulgado esta manhã pelo secretário de Estado da Administração Interna. Os números têm vindo a subir desde que Jorge Gomes fez a primeira comunicação sobre a tragédia perante a comunicação social.
Esta manhã, a Polícia Judiciária afastou qualquer cenário de mão criminosa na origem deste incêndio — terá sido a trovoada seca que causou as chamas. “A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio”, informou o director nacional da PJ. Há mais de 150 desalojados.
Apesar dos meios presentes no terreno, nenhum responsável das entidades de segurança e protecção adiantou qualquer previsão sobre quando o incêndio poderá ser considerado extinto, com a situação em Figueiró dos Vinhos a ser qualificada como caótica pelas autoridades locais.
A União Europeia, solidária com Portugal, accionou o Mecanismo de Proteção Civil para ajudar Portugal.
Esta manhã, a Polícia Judiciária afastou qualquer cenário de mão criminosa na origem deste incêndio — terá sido a trovoada seca que causou as chamas. “A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio”, informou o director nacional da PJ. Há mais de 150 desalojados.
Apesar dos meios presentes no terreno, nenhum responsável das entidades de segurança e protecção adiantou qualquer previsão sobre quando o incêndio poderá ser considerado extinto, com a situação em Figueiró dos Vinhos a ser qualificada como caótica pelas autoridades locais.
A União Europeia, solidária com Portugal, accionou o Mecanismo de Proteção Civil para ajudar Portugal.
Não e possível entender como é que o incêndio que começa às 14h e o IC8 só é fechado às 19h. o fogo alastrou durante 5 horas e ninguém encerrou a circulação?!
Pois, mas, por agora é tempo de solidariedade com os familiares das vítimas e ajuda aos que precisam.
Cada coisa a seu tempo.
Incêndio Em Pedrógão Grande
sábado, 17 de junho de 2017
O Fim Da Linha. Nada É Responsabilidade De Costa.
António Costa acabará por ser reconhecido como o político que mais fez para tornar a política a coisa mais desinteressante de todas as coisas que se podem comentar. É o fim da linha. Há meses que ouço comentadores queixar-se da falta de temas para os programas semanais. Até Manuela Ferreira Leite, na TVI, se viu obrigada a comentar a novela Cristiano Ronaldo. Já ninguém sabe sobre o que escrever. Toda a gente quer férias prolongadas, porque não vislumbra tema minimamente interessante a que se dedicar no verão. A culpa? É de António Costa!
O homem consegue estar sempre do lado certo da história. Verdade ou mentira, o nosso primeiro-ministro tem sempre razão. A Agência Europeia de Medicamentos pode vir para Lisboa e não para Porto, Braga, Coimbra, Fornos de Algodres, Camacha, ilha do Pico e tantos outros sítios que aparecem nos sonhos de António Costa. A culpa não é dele, ele sonhou que podia ser noutro sítio, mas acordaram-no a tempo de impedir que não fosse em Lisboa.
Costa está sempre do lado certo da história. Quando despacha um banco com custos para os contribuintes, a culpa é do anterior governo que não despachou. Quando coloca o amigo na administração da TAP, está a fazer-nos um favor por nos emprestar a competência de um brilhante advogado. Quando não cumpre a promessa de acabar com a sobretaxa, a culpa é do calendário, que tem doze meses.
Isto está de tal maneira que até a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa passou a ser coisa sem interesse nenhum. O próprio Presidente, mais dia menos dia, vai aperceber-se de que o povo já não quer saber de nada, porque nada é responsabilidade de António Costa. Se a culpa não é de quem manda, de que serve estar a pedir para ser de maneira diferente? Não serve de nada!
É altura de hibernarmos e despertarmos apenas quando nos convencermos de que há sempre alternativa à alternativa. Não estamos todos condenados a estar do lado certo da história. Esse é o desígnio de António Costa.
Paulo Baldaia, DN
O Povo vai-se deixando embalar enquanto lhe cantam cantigas para adormecer.
Beijos, abraços e sorrisos vão sendo capazes de serenar ... um povo que já não quer saber de nada.
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