Há um ponto que parece sobressair cada vez mais das análises: a insensatez de se pensar que abandonar um país com os pressupostos geopolíticos da Grécia, não terá consequências desastrosas para a Europa e o mundo.
Do outro lado do Atlântico, a percepção da gravidade do momento é atestada pelas diligências pessoais que o próprio Presidente Obama tem feito junto dos dirigentes europeus.
Ninguém esquece os Balcãs e a sua tradição belicosa, nem a proximidade da Turquia e muito menos a delicada situação em que se encontram as relações da UE com a Rússia.
Tudo junto é um caldeirão a ferver de ameaças que devia servir para acalmar e reflectir para evitar o desastre.
A agitação que há semanas domina as bolsas também mostra que os mercados não pouparão nada nem ninguém se a Grécia entrar em incumprimento.
Gente avisada alerta que é impossível prever as consequências da bancarrota de um país do euro, mas para Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque não há dramas, os cofres estão cheios e ponto final. O Presidente da República resolveu mandar recados da Bulgária no sentido de apertar o garrote à Grécia, como se fosse indiferente a Portugal a solução que sair das negociações. O PS, esse, não se ouve. Mas talvez seja melhor assim. (excertos do Editorial do Público)
Mas, é preciso não esquecer que estamos a falar da situação geopolítica da Grécia.(o que serve o aproveitamento da chantagem que têm vindo a fazer). Se fossemos nós a recusar compromissos, há muito que nos tinham mandado às urtigas. - uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. - É a vida!