sexta-feira, 31 de maio de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Finanças cancelam megaoperação do Fisco em casamentos

É Rui Rio Que diz ...

A coisa pode piorar. É Rui Rio que diz
Rui Rio prepara as legislativas com um objectivo que já não esconde: perder de pé, seja lá o que isso for, ainda que o próprio admita que o score nas legislativas até pode piorar dos 22% onde se encontra. Vai ser um verão assassino.

A partir de agora, começa a ser seriamente difícil
criticar Rui Rio porque torna-se cruel dizer mal de alguém que está no chão.  (Editorial do Público, por Ana Sá Lopes)

Esta É A Frase

A famosa frase “estes são os meus princípios, mas se não gostam deles, eu tenho outros” é uma piada de Groucho Marx. No caso da direita portuguesa, porém, não é uma piada: é como as coisas são.

Rui Ramos, OBSR

A Busca ...

Descobrir profundidade em tudo, eis uma qualidade incómoda: faz com que se gastem 
incessantemente os olhos e que por fim se encontre sempre mais do que aquilo que se desejava.

A Gaia Ciência

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Administrações Públicas: CFP alerta para desvio superior ao limiar de 0,5% do PIB

Eles Andam Por Aí ...

Portugal, apesar de um cardápio com 17 ofertas distintas no boletim de voto, mantém-se como o País europeu mais conservador quanto ao seu “establishment” partidário. Apesar do PAN ser já o quinto maior em Aveiro, Bragança, Faro, Leiria, Porto, Setúbal, Vila Real, Viseu, Madeira e Açores (batendo CDS ou CDU), algo notável para um “single issue party”, é visível que nada muda no lago dos tubarões. PS e PSD.

Tenho para mim já há algum tempo que os portugueses estão cansados desta gente, esse é o maior voto não expresso nas urnas. Esse é o mais ruidoso sinal em silêncio contra a classe política existente. Enquanto quase 70 por cento das pessoas humilhava políticos com o seu desinteresse, Marcelo Rebelo de Sousa estava a acartar sacos no Banco Alimentar da senhora Jonet. Sim, também ele tinha mais do que fazer, não perdendo tempo a ouvir anedóticas declarações nocturnas. Todos são derrotados, mesmo os vencedores.(...)

Temos a certeza que Costa ganhará eleições porque é o melhor. Ponto. Rio continuará perdido no seu labirinto de provinciano que ainda não percebeu que só ele é que acha que tem competência para liderar o PSD e vai matando com suave veneno a capacidade dos “laranjas” terem futuro, pois o seu dia-a-dia é a condução ao definhamento de uma grande instituição criada por Sá Carneiro, o Bloco vai namorando e casando com o PS, o PCP afunda-se no seu apoio à Geringonça e sem Jerónimo perde toda a sua simpatia, o CDS irá crescer em legislativas mas nunca chegará a Rolls-Royce pois a sua natureza é de táxi. Enquanto isso, há praia, futebol, Netflix e programas para alienados, os portugueses continuarão indiferentes. Ninguém os estimula pois perderam o respeito por tudo. 

A alma do País está morta há algum tempo e todos conhecem os culpados. Só não estão é presos e muitos até receberam condecorações e comendas. Eles andam por aí.

(Excertos do artigo de Rui Calafate, hoje no Eco)

A Soberba E A Arrogância



Todos aqueles, cuja alma é sufocada pela soberba e pela arrogância, sempre se identificam também pela ingratidão, um dos mais baixos sentimentos que assolam a humanidade.Ivan Teorilang 

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Mueller sobre Trump: “Se tivéssemos confiança de que o Presidente não cometeu um crime, tê-lo-íamos dito”

A Família E Afins (Já É Crónico) ...

... Só não vê quem não quer
Detidos autarcas socialistas de Barcelos e Santo Tirso e presidente do IPO Porto
Joaquim Couto, presidente da Câmara de Santo Tirso, e a mulher foram detidos, bem como o autarca de Barcelos e o presidente do IPO. São suspeitos de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste directo. Investigação dura há mais de dois anos.

A Polícia Judiciária deteve esta quarta-feira os autarcas dos municípios de Barcelos e Santo Tirso, os socialistas Miguel Costa Gomes e Joaquim Couto, e o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto​, Laranja Pontes, no âmbito da Operação Teia, de combate à corrupção, ao tráfico de influências e participação económica em negócio de contratação pública.(continuar a ler)

Esta É A Frase

«Pior do que os tribunais administrativos só os tribunais fiscais, que é como se não existissem: não julgam e, quando julgam, dizem coisas ininteligíveis e ao arrepio da lógica mais elementar.»
João Luís Mota de Campos, Ji
Em suma, os cidadãos ficam totalmente desprotegidos perante o Estado, mais parecendo que os juízes incumbidos de julgar julgam ser advogados do Estado, que é quem efetivamente lhes paga.
Neste mundo em que vivemos, o Estado está por todo o lado sob as mais variadas formas e, a quem viva aqui, é quase impossível escapar-lhe.

Na Ausência Da Luz ...

Na ausência da luz a escuridão prevalece.
Série Lucifer

terça-feira, 28 de maio de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Pierre Moscovici defende votação por “maioria qualificada” nos assuntos fiscais


Os Teus Olhos Entristecem


Teus olhos entristecem 
Nem ouves o que digo. 
Dormem, sonham esquecem... 
Não me ouves, e prossigo. 

Digo o que já, de triste, 
Te disse tanta vez... 
Creio que nunca o ouviste 
De tão tua que és. 

Olhas-me de repente 
De um distante impreciso 
Com um olhar ausente. 
Começas um sorriso. 

Continuo a falar. 
Continuas ouvindo 
O que estás a pensar, 
Já quase não sorrindo. 

Até que neste ocioso 
Sumir da tarde fútil, 
Se esfolha silencioso 
O teu sorriso inútil. 

Fernando Pessoa

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Orçamento regista primeiro défice do ano. São 1.259 milhões até abril

Um País Mais Poucochinho

J Cotrim Figueiredo, ECO
Não sou o primeiro, e muito menos o único, a achar muito desgastante esta sensação de que, nos últimos tempos, as análises políticas estão quase todas à partida inclinadas para o lado em que a luz favorece a atual solução governativa e, em especial o PS. Pode ser inconsciente, pode refletir as opiniões dominantes nas redações, pode até ser um tributo genuíno à capacidade política de António Costa. Mas é bom ter consciência que esta crescente falta de escrutínio e de responsabilização contribui para uma certa esclerose de ideias e, por isso, faz de Portugal um País mais ‘poucochinho’.


Uma pessoa vê, ouve e lê as análises aos resultados das europeias e chega rapidamente à conclusão de que percebe poucochinho de política e, mesmo, de aritmética. Aqui deixo uma série de conclusões supostamente indiscutíveis que ontem ouvi e que hoje fazem manchete.

A abstenção subiu. Não subiu, não. Votaram mais 30.000 pessoas do que em 2014. Se o número de inscritos não tivesse sido estupidamente inflacionado pelo recenseamento automático dos inscritos nos consulados, a abstenção teria sido de 65,7%, ou seja, 0,4% menos má que a de 2014. E alguém ainda me há-de explicar como é que um país com 10,3 milhões de habitantes, consegue ter mais de 9,2 milhões de eleitores residentes com direito de voto Não estou a dizer que não haja problema de abstenção, apenas que o problema vem de trás e não piorou.
  1. O BE teve uma grande vitória. Não teve, não. O BE atinge 9,8% numas eleições em que tudo esteve a seu favor, a começar pela implosão de Marinho e Pinto que deixou 219.000 votos à procura de um lar. O que faz o BE? Fica abaixo dos 10,2% obtidos nas legislativas de 2015 e perde 223.000 votos! Será um bom resultado, até porque descola do PCP, mas chamar isto uma ‘grande vitória’ é uma desconsoladora falta de exigência.
  2. O PS teve uma grande vitória. Não, não teve. Ou então se teve, António Costa deve um pedido de desculpas (e 5 anos de retroativos do salário de secretário-geral do PS) a António José Seguro. Em 2014, a margem de vitória de Seguro sobre uma coligação que reunia toda a direita democrática foi, segundo o atual primeiro-ministro, “poucochinha” e isso legitimava o valente chuto nos fundilhos que Costa queria aplicar no seu antecessor. Quanto era, exatamente, essa margem poucochinha? Recordemos e contemos: o PS teve 31,46%, a coligação PSD/CDS teve 27,71%, ou seja, uma diferença de 3,75%.
    Fast forward para 2019, a direita não vai coligada e dois novos partidos vêm disputar o mesmo espaço. O PS alcança 33,39% (sobe apenas 1,93%) e o conjunto da direita democrática (PSD + CDS + Aliança + Iniciativa Liberal) chega aos 30,87%, ou seja, uma diferença de 2,52%. A vitória do PS não só não foi ‘grande’, como, pelos critérios de 2014, foi ‘poucochíssima’.(continuar a ler)

A Verdade É Que O PS Não Teve Uma Vitória Esmagadora, O PSD É Que Teve Uma Derrota Esmagadora

As eleições europeias confirmaram o que já se pronunciava há meses (mesmo com alguns sinais contraditórios pelo meio). António Costa caminha para uma vitória confortável nas legislativas (à espreita da maioria absoluta) e Rui Rio afunda-se nas suas próprias contradições. Mesmo com este grau de abstencionismo — de 68% e que exige cuidado nas leituras –, e com outros derrotados com estrondo, não há outra forma de o dizer. O melhor que Rio conseguiu na sua primeira eleição como líder do PSD foi o pior resultado de sempre do partido.
O líder do PS percebeu o erro de casting na escolha do seu cabeça-de-lista e ‘nacionalizou’ as Europeias. Ao fazê-lo, antecipou uma espécie de grande barómetro das legislativas de outubro. E ganhou a jogada. Duplamente. Jogou o seu próprio peso eleitoral e mostrou que o PS é hoje um partido de Costa e dos outros, e expôs o que é a realidade do PSD, com um núcleo duro que vale hoje na sociedade portuguesa pouco mais de 20% dos eleitores. É este o ponto de partida para a campanha das legislativas.
Rui Rio bem pode dizer que a avaliação dos resultados do PSD tem de ter em conta que, nas últimas eleições europeias, o partido concorreu com o CDS (e o dissidente Aliança). E somados, nestes resultados, aqueles dois partidos, não comparam mal com 2014. Até têm mais votos. Sabe a pouco. Porque a realidade mudou. Em 2014, a PAF (liderada por Pedro Passos Coelho) estava a sofrer o desgaste político do resultado do programa da troika. Agora, o PSD poderia ter capitalizado o descontentamento de quem vê o Estado a mostrar buracos como um queijo suíço. Nem isso foi capaz de mostrar.
«A verdade é que o PS não teve uma vitória esmagadora, o PSD é que teve uma derrota esmagadora. É Rui Rio que tem de mudar, e veremos se vai a tempo.»
António Costa, ECO

É Disto Que Estou Precisando ...


domingo, 26 de maio de 2019

Sondagens Às 20h

Sondagens dão vitória ao PS. PSD é derrotado. Bloco de Esquerda sobe a terceira força e PAN surpreende, ao poder eleger pela primeira vez um eurodeputado.
PS deverá ter ganho as eleições europeias com 30 a 34% dos votos, o que dá aos socialistas oito a nove mandatos no Parlamento Europeu, indica a sondagem da RTP. O PSD fica em segundo lugar com 20 a 24% dos votos, o que dá cinco a seis eurodeputados. A sondagem da SIC também dá ao PS a vitória com 30,9% a 34,9% e o PSD fica pelos 21,8% a 25,8%.
As sondagens que foram sendo feitas durante a campanha para as eleições davam a vitória ao PS. O ECO está a seguir a par e passo as eleições para o Parlamento Europeu que pode seguir aqui.
O Bloco de Esquerda terá entre 9 a 12% (dois a três mandatos), a CDU entre 7 a 9% (dois mandatos) e o CDS 5 a 7% (um ou dois mandatos). O PAN deverá conseguir eleger um deputado, pela primeira vez, indica a sondagem da estação pública.
A sondagem da SIC também dá ao Bloco de Esquerda a terceira posição com a percentagem de votos a variar entre 8,5% e 11,5%. A CDU fica com 5,3% a 8,3%. O PAN aparece lado a lado com o CDS. Ambos entre 4,7% e 7.3%. (saiba mais aqui)

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Coworking trabalha numa lógica de rede social

Viagem ...

É o vento que me leva. 
O vento lusitano. 
É este sopro humano 
Universal 
Que enfuna a inquietação de Portugal. 
É esta fúria de loucura mansa 
Que tudo alcança 
Sem alcançar. 
Que vai de céu em céu, 
De mar em mar, 
Até nunca chegar. 
E esta tentação de me encontrar 
Mais rico de amargura 
Nas pausas da ventura 
De me procurar... 

Miguel Torga

sábado, 25 de maio de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Cobrir sismos é o primeiro passo de um sistema integrado

>“Multibanco grátis traz custos para a sociedade”

Não Há Espaços Maniqueístas

Aristóteles, na Política, definiu dois tipos de regimes: os rectos e os degenerados. A cada tipo, corresponde um tipo de justiça.


Aos primeiros, corresponde um governo que almeja o interesse comum, em que a justiça abrange uma condição absoluta. Os regimes degenerados, por sua vez, não se coíbem de defender também a justiça, esta é, contudo, relativa a um só, a uns poucos ou até a muitos, mas nunca a todos. 

A discussão acerca desta divisão rapidamente pode perder-se nas querelas capitalistas/marxistas, liberais/socialistas, conservadoras/progressistas, bastando que alguém preste excessiva atenção à precisão dos termos utilizados, qual Narciso debruçado sobre o lago. Mas interessa fugir desse excesso e sublinhar a intuição de Aristóteles: aos dois tipos de regime, há uma noção de justiça associada. Todos perseguem uma concepção de algo desejável e bom: a justiça. A diferença está, então, na partilha comunitária da visão daquilo que seja o interesse comum. Estas eleições europeias apresentam defensores desses dois tipos de regimes. Interessa a todos nós, europeus, “purificar” o nosso regime, não permitindo “silêncios” nas concepções de justiça dos nossos deputados europeus.
Nessa discussão – essencial para qualquer democracia –, não há demónios, nem dragões. O diálogo transformativo entre as diferentes noções de justiça, ao contrário do que os imoderados querem fazer parecer, não é sinónimo de uma luta pela eleição de uma visão perfeita. Grande parte do valor de uma democracia dos dias de hoje está exactamente no seu processo e, neste momento das eleições europeias, o processo reside na construção e manutenção de uma pluralidade dentro do espaço moderado e na exposição do vazio da imoderação.
Este domingo não tem de ser uma escatologia, um tudo-ou-nada. Na política, como em tudo o que é humano, não há espaços maniqueístas. (André Ilhargo, ECO)

Povos Livres, Lembrai-vos ...

Povos livres, lembrai-vos desta máxima: A liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada.
(Jean-Jacques Rousseau)