Uma paz podre caiu sobre a vida portuguesa. Um povo sem esperança não sabe muito bem o que pode esperar do futuro, mas não tem ilusões que ele não será brilhante. Uma parte dos portugueses faz de conta que nada acontece e esforça-se por "viver habitualmente", centrando-se no presente. Outra poupa mais do que o costume, quando o pode fazer. Outra vive no limiar de uma pobreza que sente vir aí. Endivida-se ainda mais para manter um estilo de vida para que já não tem posses. Cada vez mais gente teme o cataclismo da perda de emprego e cada vez mais gente perde o emprego. Como acontece sempre, meia dúzia de gente esperta ganha dinheiro, uma porque é mesmo esperta e merece o que ganha usando novas oportunidades, outra porque aproveita as circunstâncias da miséria dos outros para ganhar mais dinheiro. Nunca há só gente a perder, há sempre uma pequena minoria que ganha e nessa pequena minoria uma maioria que o faz à custa de ardis e de truques entre o eticamente inadmissível e o ilegal. Mas, como o exemplo vem de cima, nem sequer há muita censura social.(ler artigo completo aqui)
JPP, Uma Estadia Doentia, V.Público
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